30 de jul. de 2013

EMFRENTE em Forma de Colcha de Retalhos Itinerante!

 Os agentes de referência do EMFRENTE (grupo de educadores que trata do enfrentamento e manejo da violência contra crianças e adolescentes da Rede Municipal de Ensino de São José) vem realizando o registro dos encontros de uma forma bastante original:  artisticamente.
A cada encontro, alguns participantes do grupo disponibilizam-se a, além de fazerem a ata oficial por escrito, ilustrarem os temas trabalhados utilizando-se de pintura, colagem, costura ou qualquer outra estratégia criativa – desde que manifesta num retalho de 30x30cm de algodão cru.
A proposta visa a confecção de uma “Colcha de Retalhos Itinerante”, que se caracterize em mais um recurso (além de folder, informativos publicados em blog, facebook, atas divulgadas às instituições de ensino e ações interventivas dos agentes de referência) que leve a proposta do grupo aos demais educadores da Rede.  Espera-se, assim, que tomem conhecimento das ações deste grupo que, há alguns anos, vem se debruçando sobre uma temática tão delicada, porém, urgente. 
Apesar da relevância do tema, ainda se percebe a ausência de alguns CEMs e CEIs da Rede Josefense nesta empreitada.  Por outro lado, não são poucas as instituições de ensino com participação ativa e incisiva, levando aos colegas educadores, alunos e pais a mensagem da importância da prevenção, denúncia e adequado manejo às situações de violência que adentram os muros escolares.
O EMFRENTE, coordenado pelas psicólogas educacionais Ana Brasil de Oliveira e Edla Grisard e pela pedagoga Kerle Cristine Machado, realiza encontros mensais  previstos em calendário da SME a cada início de ano e conta com a participação de colaboradores  que compõe a rede de apoio às vítimas de violência, incluindo Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Direito da Criança e do Adolescente, Secretaria Municipal de Assistência Social e Delegacia da Mulher e de Proteção à Criança, ao Adolescente e à Família.

22 de jul. de 2013

CURSO EM FLORIANÓPOLIS: Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Doméstica


Divulgando curso voltado para a temática que o EMFRENTE aborda.  Em Florianópolis!
  
CONFIRA NOSSO PRÓXIMO CURSO:

Dias: 26 e 27 de julho de 2013 e 09 e 10 de agosto de 2013

O ATENDIMENTO A CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.

Objetivo: Capacitar profissionais para atuarem no Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI, intervindo com famílias vítimas de violência contra crianças e adolescentes, refletindo acerca do Sistema Único de Assistência Social, compreendendo as modalidades de violências e sua construção histórica, e propondo formas de intervenção.
Público Alvo: Psicólogos, Assistentes Sociais e outros profissionais que atuam na área da assistência social, bem como estudantes de graduação a partir da 7ª fase, ou já atuantes na área.
 
Carga Horária: 30 horas/aula (dois finais de semana)

Local:
Centro de Florianópolis (o endereço será repassado aos inscritos na semana do evento)
 
Minicurrículo das professoras:
Francini Neto, Psicóloga (CRP 12/06398). Pós-graduação em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes - USP e Formação em Psicologia Jurídica - Formapsi. Atua há 6 anos junto ao Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Serviço PAEFI), ofertado pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), no município de Florianópolis.
 Flávia Antunes da Silva, Psicóloga (CRP 12/02736). Formação em Psicoterapia Psicanalítica – CEP, Pós-graduação em Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes – USP, Pós-Graduação A Escola que Protege – UFSC e Formação em Psicologia Jurídica - Formapsi. Atua há 13 anos junto aos Serviços de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos, atualmente ofertado pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS).
 
Valores:
Estudantes:  R$ 500,00
Profissionais: R$ 600,00
(valor pode ser parcelado em 2x)

Inscrições e informações no link:


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Curso com número mínimo e máximo de participantes. Agende-se! 

21 de jul. de 2013

Dicas para uma educação afetuosa e pautada na sinceridade!

Compartilhando algumas informações que também são fundamentais para o desenvolvimento de uma criança saudável e confiante!  


Os pais são os exemplos dos filhos e suas atitudes podem ter um impacto positivo ou negativo naformação da personalidade e identidade social da criança. Por isso, de acordo com o pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, existem algumas coisas que jamais devem ser ditas às crianças ou faladas na frente delas. Veja quais são:

1 – Não rotule seu filho de pestinha, chato, lerdo ou outro adjetivo agressivo, mesmo que de brincadeira. Isso fará com que ele se torne realmente isso.
2 – Não diga apenas sim. Os nãos e porquês fazem parte da relação de amizade que os pais querem construir com os filhos.
3 – Não pergunte à criança se ela quer fazer uma atividade obrigatória ou ir a um evento indispensável. Diga apenas que agora é a hora de fazer.
4 – Não mande a criança parar de chorar. Se for o caso, pergunte o motivo do choro ou apenas peça que mantenha a calma, ensinando assim a lidar com suas emoções.
5 – Não diga que a injeção não vai doer, porque você sabe que vai doer. A menos que seja gotinha, diga que será rápido ou apenas uma picadinha, mas não engane.
6 – Não diga palavrões. Seu filho vai repetir as palavras de baixo calão que ouvir.
7 – Não ria do erro da criança. Fazer piada com mau comportamento ou erros na troca de letras pode inibir o desenvolvimento saudável.
8 – Não diga mentiras. Todos os comportamentos dos pais são aprendidos pelos filhos e servem de espelho.
9 – Não diga que foi apenas um pesadelo e mande voltar para a cama. As crianças têm dificuldade de separar o mundo real do imaginário. Quando acontecer um sonho ruim, acalme seu filho e leve-o para a cama, fazendo companhia até dormir.
10 – Nunca diga que vai embora se não for obedecido. Ameaças e chantagens nunca são saudáveis.



A escola pode interromper o ciclo da violência sexual

Entenda melhor os casos de abuso sexual e saiba como prevenir, reconhecer e proceder diante dos primeiros sinais dentro e fora da escola.


A violência sexual é o segundo tipo de violência mais comum contra crianças de zero a nove anos, respondendo por 35% do total das notificações de violência infantil no país. As informações foram divulgadas esta semana com base em um estudo preliminar feito pelo sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA), do Ministério da Saúde.
Só em 2011, foram registrados 14.625 casos de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos. A maior parte das agressões ocorreu na residência da criança (64,5%), em em sua maioria, por pais e outros familiares, ou alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente, como amigos e vizinhos.
Segundo a Classificação Internacional das Doenças, durante o abuso sexual, o agressor utiliza do seu desenvolvimento psicossocial mais adiantado do que o da criança ou adolescente para obter satisfação sexual – o que pode ser feito tanto por meio da violência física, ameaças ou simples indução da sua vontade.
Mas nem sempre o abuso sexual envolve contato ou violência física. Práticas de voyerismo, exibicionismo, telefonemas obscenos e produção de fotos também estão inclusos dentro desta categoria.
E na identificação destes casos, a escola tem um papel imprescindível, já que as crianças passam por lá boa parte do seu dia. O probema é que muitos professores ainda não estão preparados para reconhecer estes casos e auxiliar os alunos.
Para Claudia Ribeiro, especialista em violência sexual do departamento de Educação da Universidade de Lavras, em Minas Gerais, um grande passo seria instaurar nos cursos de licenciatura disciplinas obrigatórias que abordem a educação sexual e sobretudo, os casos de violência, para que, diante dos frequentes casos de abuso em sala de aula, os professores estejam preparados para identificá-los e saber quais procedimentos tomar.
“Muitos educadores ainda não sabem o que fazer diante destas situações, mas muitas vezes, eles são os únicos que podem interromper o ciclo da violência”, afirma.
Como prevenir
Como os casos de abuso sexual são de difícil prevenção, e em muitas vezes, praticados dentro da própria família, uma relação aberta com as crianças é fundamental.
Dialogue. O maior ressentimento das crianças abusadas, principalmente meninas, é não serem acreditadas pelas mães.
Construa uma rede de apoio. Conheça bem as pessoas com as quais as crianças estão envovidas na ausência dos pais no lar. A maioria dos atos de abuso intra e extrafamiliar ocorre quando a criança encontra-se a sós com jovens e adultos na própria casa ou na casa de conhecidos.
Crie vínculos de amor. Crianças bem-tratadas, criadas em um ambiente de segurança e confi ança crescem sentindo-se dignas e aprendem a retribuir o afeto.
 
Os principais sinais de abuso sexual
Sinais físicos
Fique à atento aos possíveis sinais de violência sexual
- Enfermidades psicossomáticas, ou seja, uma série de problemas de saúde sem causa aparente como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e outras dificuldades digestivas, que na relaidade, têm fundo psicológico e emocional.
- Doenças sexualmente transmissíveis diagnosticadas em coceira na área genital, infecções urinárias, odor vaginal, corrimento ou outras secreções vaginais e penianas e cólicas intestinais.
- Dificuldade de engolir devido à inflamação causada por inflamações na garganta.
- Dor, inchaço, lesão ou sangramento nas áreas da vagina ou ânus a ponto de causar,
inclusive, dificuldade de caminhar e sentar.
- Canal da vagina alargado, hímen rompido e pênis ou reto inchados.
- Baixo controle dos esfíncteres, constipação ou incontinência fecal.
- Sêmen na boca, nos genitais ou na roupa.
- Roupas íntimas rasgadas ou manchadas de sangue.
- Ganho ou perda de peso, visando afetar a atratividade do agressor.
- Traumatismo físico ou lesões corporais, por uso de violência física.
Sinais psicológicos
Crianças violentadas sexualmente podem expressar alguns ou nenhum dos indícios abaixo, variando conforme a idade e mesmo a personalidade de cada um. Por isso, cada caso deve ser particularmente analisado. No entanto,  alguns sinais acabam sendo recorrentes em casos de violência. Vale lembrar que, para crianças menores, muitas vezes os indícios são manifestados durante as brincadeiras de “faz de conta”. Confira os principais sintomas psicológicos:
- Medo ou pânico de certa pessoa ou sentimento generalizado de desagrado quando
a criança é deixada sozinha em algum lugar com alguém.
- Mudanças extremas, súbitas e inexplicadas no comportamento, como oscilações no
humor entre retraída e extrovertida.
- Mal-estar pela sensação de modificação do corpo e confusão de idade.
- Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente ou mesmo
chupar dedos.
-Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica. Fraco controle de impulsos e comportamento autodestrutivo ou suicida.
Na escola
Além dos sinais psicológicos e físicos o comportamento escolar pode trazer indicativos de algo não vai bem. Vale à pena ficar atento aos seguintes sinais:
- Assiduidade e pontualidade exageradas, quando ainda freqüenta a escola. Chega cedo e sai tarde da escola, demonstra pouco interesse ou mesmo resistência em voltar para casa após a aula.
- Queda injustificada na freqüência escolar.
- Dificuldade de concentração e aprendizagem resultando em baixo rendimento escolar.
- Não participação ou pouca participação nas atividades escolare
- Surgimento de objetos pessoais, brinquedos, dinheiro e outros bens, que estão além
das possibilidades financeiras da criança/adolescente e da família, pode ser indicador de favorecimento e/ou aliciamento. Se isso ocorre com várias crianças da mesma sala ou série pode indicar até mesmo ação de algum pedófilo na região.
- Tendência ao isolamento social com poucas relações com colegas e companheiros.
- Relacionamento entre crianças e adultos com ares de segredo e exclusão dos demais.
- Dificuldade de confiar nas pessoas à sua volta.
- Fuga de contato físico.
 
Diante de qualquer caso de abuso,  suspeito ou confirmado, profissionais de saúde e professores devem denunciar. Aliás, é uma obrigação legal. Assim que se der conta de casos de violência, denunciem por meio do Disque-Denúncia, e no caso das escolas, acionem imediatamente o conselho tutelar.

Para mais informações, inclusive como identificar sinais de abuso em crianças portadoras de necessidades especiais, é possível baixar o Guia Escolar da Rede de Proteção à Infância completo no site do Ministério da Justiça.  Clique aqui e confira:  http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/spdca/guia_escolar/guia_escolar1.htm

FONTE:  http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/escola-pode-interromper-ciclo-violencia-sexual-685941.shtml

19 de jul. de 2013

Videoaulas: Direitos de Crianças e Adolescentes na Internet


Uma série com vídeoaulas sobre direitos de crianças e adolescentes na internet, produzidas pela Childhood Brasil e Safernet, está disponível gratuitamente na internet. Divididas em três módulos, além da introdução, o objetivo é fornecer ao educador subsídios para a abordagem da prevenção de crimes cibernéticos.
“Nosso objetivo é contextualizar educadores, abordando conceitos novos e importantes, comocyberbullying e sexting, e desmistificar a ideia de que esses assuntos são específicos de professores de informática”, diz Rodrigo Nejm, diretor de Prevenção da Safernet.
O primeiro módulo, “Novas Tecnologias, nova infância?”, foca nas transformações tecnológicas, as novas formas de se relacionar, o perfil dos usuários e a compreensão da dimensão pública da internet. O segundo e o terceiro módulos, “Entre oportunidade e riscos online”, tratam dos riscos e perigos no ciberespaço, como a exposição de privacidade, dados pessoais, uso excessivo das tecnologias e cyberbullying.
As vídeoaulas fazem parte dos recursos pedagógicos disponibilizados gratuitamente no portal criado pela Safernet, destinados a auxiliar a inclusão do tema em sala de aula. Dentre o material disponível, o educador encontrará cartilhas educativas, pesquisas, fórum de debates, sugestão de aula, além de um canal de orientação online.
Rodrigo Nejm ressalta que esses recursos nascem da dificuldade e da resistência dos próprios educadores em lidar com as questões em torno da internet. “Muitos se sentem fora do tempo, como se não pertencessem à geração da internet, ou encaram a internet como um lugar perigoso por natureza. É importante que saibam que usando ou não usando a internet, eles já fazem parte dessa geração e que a internet vai ser o que a gente fizer com ela. É preciso conectar refletir sobre ética e cidadania também na internet”, diz Nejm.
Para conhecer os recursos, incluindo as vídeoaulas e outros recursos, basta clicar no link:

Você Sabe o que Diz a Lei Sobre o Trabalho Infantil?



Crédito: Cedeca


Da Redação Promenino
O trabalho infantil e adolescente é regulamentado no Brasil por diversos instrumentos. Existem determinações que vem da Constituição Federal, da legislação em geral e de tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. Essas regras determinam a idade mínima para a entrada no mercado de trabalho, possíveis exceções e condições a serem garantidas.
Constituição Federal (1988)
A Carta Magna determina, no artigo sete, a “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos”.
A Constituição também afirma, no artigo 227, que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar, prioritariamente, os direitos das crianças e dos adolescentes e “colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Estatuto da Criança e Adolescentes (1990)
O ECA determina, no capítulo 5, que o adolescente acima dos catorze anos na condição de aprendiz deve ter assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. Além disso, proíbe ao adolescente o trabalho noturno, perigoso, insalubre e realizado em locais “prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social” ou que sejam em horários incompatíveis com a frequência escolar.
Convenção 182 - Sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e a Ação Imediata para a sua Eliminação da OIT (1999)
A Convenção, ratificada pelo Brasil, determina em seu artigo 1º a adoção de “medidas imediatas e eficazes para assegurar a proibição e eliminação das piores formas de trabalho infantil, em caráter de urgência”. O documento também descreve, no artigo 3, as piores formas de trabalho infantil, o que inclui escravidão, trabalho forçado, exploração sexual, no tráfico de drogas e atividades “que, por sua natureza ou pelas condições em que é realizada, é
suscetível de prejudicar a saúde, a segurança ou a moral das crianças”.
Convenção nº 138 - Sobre a idade mínima de admissão ao emprego (1973)
O Tratado fixa, no artigo 2, que a idade mínima para trabalho não “deverá ser inferior à idade em que cessa a obrigação escolar” (Artigo 2) e que, no caso, de atividades que ofereçam riscos a idade mínima deve ser de 18 anos (Artigo 3).

Trabalho Infantil é Violência

Atualização de cadastro federal com empregadores que utilizaram mão de obra escrava tem pelo menos oito nomes de empregadores que também se beneficiaram da exploração de crianças e adolescentes, em atividades consideradas entre as piores formas de trabalho infantil
Por Guilherme Zocchio, da Repórter Brasil para o Promenino

Serviços forçados, submissão a condições degradantes de vida, jornadas exaustivas, restrições à liberdade de ir e vir e todas as demais situações características da escravidão contemporânea não são formas de violência que têm por alvo exclusivo homens e mulheres adultos. Fiscalizações com o objetivo de investigar o emprego de mão de obra análoga à escrava também encontram com frequência crianças e adolescentes sujeitas a tais violências.
De acordo com levantamento da Repórter Brasil, a atualização ocorrida em 28 de junho do cadastro de empregadores flagrados explorando pessoas em condição análoga à de escravatura, a chamada “lista suja” do trabalho escravo, contém, num total de 142 novos nomes incluídos, a participação de pelo menos oito deles em casos de exploração laboral infantil. Mantida em conjunto pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), a relação é considerada uma das mais importantes ferramentas na luta pela erradicação da escravidão contemporânea no Brasil.
No total, a “lista suja” do trabalho escravo conta com 503 nomes (veja a tabela completa:  http://reporterbrasil.org.br/listasuja/resultado.php). A relação vem sendo atualizada semestralmente, desde o final de 2003, e reúne empregadores flagrados pelo poder público na exploração de mão de obra em condições análogas à escravidão. O cadastro tem sido um dos principais instrumentos no combate à prática, através da pressão da opinião pública e da repressão econômica. Após a inclusão do infrator, instituições federais, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES suspendem a contratação de financiamentos e o acesso a crédito. Bancos privados também estão proibidos de conceder crédito rural aos relacionados na lista por determinação do Conselho Monetário Nacional.
A inclusão de oito empregadores flagrados com o uso da mão de obra de crianças e adolescentes entre os 142 novos nomes reforça o elo entre as formas contemporâneas de escravidão e o trabalho infantil. Segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado em 2011, cerca de 90% do montante de adultos sujeitos à escravatura em território brasileiro até aquele momento haviam começado a trabalhar antes dos 16 anos de idade.
  
Lista TIP e trabalho escravo
Em alguns dos casos em que a exploração infantil ocorre concomitante às formas de escravidão contemporânea, os serviços desempenhados por jovens, não raro, coincidem, por um lado, com aquelas descritas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP). Com as bases lançadas em 1999 pela Convenção 182 da OIT, a Lista TIP passou a valer no país em 2008, a partir do decreto número 6.481, assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na relação, constam 89 atividades, com suas descrições e consequências para a saúde de crianças e adolescentes que as desempenham.
A legislação brasileira define o emprego de escravos como crime, previsto no artigo 149 do Código Penal. E, quando a prática incide sobre crianças e adolescentes, a pena aos infratores é mais severa. Para aqueles que utilizarem de mão de obra escrava, espécie de violação dos direitos humanos no interior das relações trabalhistas, a punição prevista é a de prisão por um período de até oito anos, além de multa, conforme a gravidade da violência praticada.
Nas recentes inclusões no cadastro federal de empregadores com trabalho escravo há a ocorrência, por mais de uma vez, de alguma das piores formas de exploração infantil previstas na Lista TIP.

NTM - Núcleo de Tecnologia de São José


Divulgando aos educadores que já acompanham o EMFRENTE o blog do Núcleo de Tecnologia de São José, que disponibiliza aos educadores e demais integrantes da web materiais que visam divulgar tecnologias que podem auxiliar na educação dos alunos.
Existem dezenas de postagens e soluções para contribuir no seu dia a dia e que vale a pena conferir!
Você ainda pode traduzir as postagens em vários idiomas:


18 de jul. de 2013

Um guia para conversar sobre a violência contra a criança




“...Conforme dados oficiais, uma em cada duas meninas e um em cada seis meninos sofrem alguma forma de abuso sexual antes de completar 18 anos.  Noventa por cento das vezes, quem comete abuso é um adulto que a criança conhece e em quem confia.

Sob esta luz, nós temos a responsabilidade de orientar as crianças para que tenham uma compreensão clara quanto aos seus limites pessoais, bem como apresentar um plano de ação caso esses limites sejam ultrapassados.  As crianças precisam saber que existem adultos em sua vida com quem elas podem partilhar suas mais íntimas preocupações, e elas precisam confiar que suas inquietações serão levadas a sério.  Ler este livro e conversar com as crianças sobre este tema vai ajudá-las a perceber que há alguém em quem podem confiar, caso estejam sofrendo algum tipo de abuso sexual, ou caso algum de seus amigos esteja.

A intenção deste livro não é assustar as crianças, mas ajudá-las a se sentirem seguras.  Saber diferenciar um toque adequado de um inadequado, e saber o que fazer quando o toque de alguém a incomodar será um bom começo rumo à conquista deste objetivo.  Como adultos, não podemos assegurar que as crianças vivam livres do perigo; mas nós podemos garantir que estaremos ao seu lado quando algo acontecer.”

O texto acima é um trecho da introdução da seguinte bibliografia:
CYNTHIA, Geisen.  Meu corpo é especial:  um guia para que a família converse sobre abuso sexual.  São Paulo:  Paulus, 2007.http://www.paulus.com.br/meu-corpo-e-especial-um-guia-para-que-a-familia-converse-sobre-abuso-sexual_p_1536.html

O livro em questão é uma produção da Editora Paulus.  Ele tem um viés cristão e aborda com cuidado e respeito o tema sob a perspectiva das crianças menores.  Pode servir de base para pais/responsáveis e educadores adequarem sua fala às crianças alertando a respeito dos cuidados consigo, com seu corpo e com abordagens indevidas.  As ilustrações, de R. W. Alley, já são ricas o suficiente para suscitarem conversas a respeito de suas interpretações, enfatizando o cuidado, segurança, conforto, desconforto, raiva, segredos, culpa e apoio.


Alguns trechos do livro para que você avalie sua aplicabilidade junto aos crianças com quem convive, na prevenção às violências: 

TOQUES SÃO MENSAGENS
As pessoas frequentemente se comunicam por meio do toque.  Amigos que não se veem há tempo se abraçam para dizer:  "Eu estava com saudade de você!".  Seus pais talvez lhe deem um beijo antes de você ir para a cama como modo de dizer:  "Eu o amo!".  Crianças muito pequenas às vezes batem nas outras ou beliscam quando estão bravas ou desapontadas.  Pessoas assustadas tentam empurrar as pessoas que as estão intimidando.

CONFIE NOS SEUS SENTIMENTOS
Se alguém tocar em você (ou mesmo tentar tocar) de modo que você fique confuso, assustado, machucado, bravo, envergonhado ou um pouco arrepiado - confie nos seus sentidos.  Fale sobre o que aconteceu com um adulto em quem você confia, fale sobre o que você sentiu e o que você pode fazer.

TOQUE NÃO É PARA MACHUCAR
Mesmo pessoas que se amam muito ficam bravas umas com as outras às vezes.  Pais e mães às vezes discutem e levantam a voz.  Irmãos brigam entre si e, às vezes, mesmo melhores amigos ficam bravos uns com os outros.  Quando nós estamos muito bravos, talvez nos sintamos tão mal, que queremos bater em alguém, ou beliscá-lo, ou chutá-lo.  Não há problema em sentir raiva, nem mesmo em socar um travesseiro quando ficamos bravos.  Mas bater em um animal ou em uma pessoa não é um bom caminho para mostrar a raiva.  Lembre, um toque não é para machucar.

TOQUE SEGURO E COM AMOR NÃO É UM SEGREDO PARA MANTER
Muitas pessoas gostam de manter segredos.  Compartilhar um segredo com alguém faz com que nos sintamos especiais, porque duas pessoas sabem algo que ninguém mais sabe.  Muitos segredos são divertidos, como os planos para uma festa surpresa de aniversário ou um presente de Natal que você pretende dar a sua mãe.  Mas hã segredos que NÃO são para serem guardados.  Se alguém tocou em você de um modo que o machucou ou confundiu, conte para a pessoa em quem você confia - mesmo que quem tocou em você tenha pedido para manter segredo.



15 de jul. de 2013

Oficina de cartazes com os alunos do Mais Educação do CEM Jardim Solemar


A ação descrita a seguir foi realizada numa parceria entre a Coordenação do EMFRENTE e Mais Educação, junto aos alunos do CEM Jardim Solemar, visando trabalhar a temática de prevenção à violência contra crianças e adolescentes.

Título da Ação: 
Oficina de cartazes com os alunos do Mais Educação do CEM Jardim Solemar



Data/ Período de Realização: 
15/05/2013 

Público Alvo:
Alunos do Mais Educação (1º ao 9º ano) do CEM Jardim Solemar (30 pessoas)

Articuladores:
SME, Coordenador do Mais Educação do CEM Jardim Solemar Professor Luiz Azambuja.

Procedimento proposto :
  
1) Dinâmica tempestade de ideias junto aos alunos sobre questões referentes ao tema violência, enfatizando as formas de violência contra crianças e adolescentes; 



2) Explanação sobre as possibilidades de denúncia e rede de apoio; 

3) Confecção de cartazes sobre 18 de Maio; 



4) Apresentação dos cartazes pelos alunos ao grupo e distribuição destes nos espaços de circulação dos alunos do CEM.



Resultados obtidos: 
Engajamento de alunos de faixas etárias diversas com a divulgação o Dia D e divulgação aos alunos da escola sobre formas e locais de denúncia.


14 de jul. de 2013

Vídeo sobre prevenção da violência sexual - sugestão para trabalhar com crianças


Conversar sobre sexualidade sobre as crianças já é delicado; e falar sobre violência sexual é ainda mais! Assistir a este vídeo pode nos trazer ideias de como conversar com os nossos pequenos sobre a importância de se protegerem contra as violências.

http://www.youtube.com/watch?v=sEpqTs7syOc&feature=youtu.be

APROVEITE E JÁ CURTA A PÁGINA DO EMFRENTE, o grupo de educadores de São José que atua junto ao manejo e enfrentamento das violências contra crianças e adolescentes! Ajude a divulgar nossa página!

https://www.facebook.com/pages/Emfrente-Smesj/134732243401637?ref=ts&fref=ts



Impactos da falta de afeto no desenvolvimento infantil

Falta de afeto pode deixar marcas nas crianças para toda a vida:  Consequências podem incluir alterações psicológicas, psiquiátricas, neurológicas, imunológicas ou hormonais


Deixar, sistematicamente, de dar um abraço, recusar beijos, evitar aquele cafuné quase necessário e esquecer cuidados básicos para a criança, como alimentá-la, pode deixar marcas para toda a vida. Depressão e prejuízos na memória são algumas consequências que podem estar associadas a quadros de abandono na infância. 

A conclusão é científica, proveniente de um estudo do professor da Faculdade de Psicologia e psiquiatra Rodrigo Grassi de Oliveira. Premiada no Congresso da International Society of Traumatic Stress Studies, realizado em Chicago (EUA), e publicada na Biological Psychiatry (EUA), a pesquisa sugere que a negligência pode afetar o desenvolvimento cognitivo.

Segundo Grassi, uma criança privada de afeto e cuidado fica sujeita a ter de enfrentar situações de estresse. Como ela ainda não está madura, o acúmulo desse estressor poderia contribuir para as alterações no seu desenvolvimento. Conversamos com o psiquiatra para entender um pouco mais sobre a importância do afeto na vida das crianças.


Quais consequências traz a falta de afeto?
Rodrigo Grassi de Oliveira – Primeiramente é necessário esclarecer o conceito de negligência na infância. A negligência pode ser de natureza física, quando, por exemplo, alimentos e cuidados de higiene são privados da criança, ou emocional, quando ela é exposta a um ambiente sem afeto, proteção e apoio. Os estudos mostram que as consequências podem incluir alterações psicológicas, psiquiátricas, neurológicas, imunológicas ou hormonais na vida adulta.

A partir de qual idade a pessoa começa a demonstrar os efeitos da falta de afeto e da preocupação dos pais?
Grassi – Isso depende de cada indivíduo, de que efeitos seriam esses e, inclusive, se haverá ou não consequências. Mas, por exemplo, alguns efeitos neuropsicológicos já podem ser percebidos na idade escolar.

Como é possível mudar as consequências de uma vida sem afeto e sem o amor dos pais?
Grassi – Acredito que a psicoterapia, em muitos casos, é uma maneira importante de se lidar com tais situações. Algumas consequências são irreversíveis, o que não exclui a possibilidade de se aprender a viver melhor com isso. Em outros casos, medicações também serão necessárias.

Quais as dicas que você dá para os pais criarem os filhos com qualidade e afeto?
Grassi – Às vezes, alguns pais me questionam com essa mesma pergunta. Eu costumo responder com a imagem do primeiro banho de um bebê: é importante molhar, ensaboar, limpar com cuidado para o nenê não se afogar. Eu acredito que limites claros dentro de uma atmosfera de carinho e cuidado seria a meta ideal para qualquer desenvolvimento saudável. O suporte familiar, exercícios físicos da criança, nutrição adequada, amamentação do bebê até pelo menos os três meses são outras situações que conferem qualidade ao desenvolvimento da criança.

FONTE:  http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2009/03/falta-de-afeto-pode-deixar-marcas-nas-criancas-para-toda-a-vida-2450155.html

12 de jul. de 2013

EMFRENTE na posse e capacitação dos novos Conselheiros Tutelares de São José



No dia de ontem, quarto encontro do EMFRENTE neste ano letivo, a nova equipe de Conselheiros Tutelares de São José apresentou-se à Coordenação e Agentes de Referência do grupo.  Durante o período matutino, tomaram conhecimento das propostas e ações do EMFRENTE e ouviram os educadores da Rede Municipal de Ensino quanto a necessidade de integração da rede de apoio às crianças e adolescentes vítimas de violência.
No período vespertino o grupo do EMFRENTE assistiu à posse dos Conselheiros Tutelares e posteriormente dirigiu-se ao auditório da Secretaria Municipal de Educação, onde foram apresentados os registros dos três primeiros encontros do grupo neste ano, em forma de retalhos.

Finalmente, o grupo assistiu a palestra da Presidente do Conselho Municipal de Direito da Criança e do Adolescente e Secretária Adjunta de Assistência Social, Luciana Pereira da Silva, sobre as atribuições do Conselho Tutelar.
Sexta-feira a Coordenação do EMFRENTE segue com o grupo de Conselheiros, contribuindo com o processo de formação da equipe.

10 de jul. de 2013

ENCONTRO EMFRENTE DIA 11, QUINTA-FEIRA

Prezados Educadores e Agentes de Referência do EMFRENTE
 
Relembramos que o próximo encontro do EMFRENTE acontecerá na quinta-feira, dia 11/06 e que a participação de representantes de todas as instituições de ensino trata-se de uma convocação.
 
Tendo em vista o processo de escolha dos novos membros do Conselho Tutelar de São Jose, organizado pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente e o fato do EMFRENTE ter sido convidado a integrar a capacitação dos novos conselheiros, apresentamos a proposta de pauta para o encontro:
 
PERÍODO MATUTINO:
LOCAL:  Audidtório do Colégio Maria Luiza de Melo
HORÁRIO:  08h30
PAUTA: 
-Apresentação da nova equipe de Conselheiros Tutelares aos agentes de referência do EMFRENTE do período matutino;
- Apresentação aos novos Conselheiros Tutelares sobre o EMFRENTE;
- Apresentações dos retalhos sobre encontros do EMFRENTE já realizados em 2013;
- Depoimentos de casos acompanhados entre instituições de ensino e CT:  situações de sucesso e processos dificultadores;
- Sugestão de protoco de monitoramento.
 
PERÍODO VESPERTINO:
OBS:  LOCAL ALTERADO!!!
NOVO LOCAL: Auditório da Secretaria Municipal de Educação - PMSJ
HORÁRIO:  13h30
PAUTA:
- Retomada sobre encontro do período matutino;
- Posse dos novos Conselheiros Tutelares (GABINETE DA PREFEITA);
- Palestra com a Secretária Adjunta de Assistência Social e Presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente Luciana Pereira;
- Apresentações dos retalhos sobre encontros do EMFRENTE já realizados em 2013.
 
ATENÇÃO: 
Ressaltando o calendário já previsto e articulação que vem sendo realizada desde antes do processo seletivo da nova equipe de Conselheiros Tutelares, pelo EMFRENTE junto ao CMDCA, pensamos ser esta uma ocasião de suma importância para nós, educadores, estreitarmos os laços com o CT visando um melhor enfrentamento das violências contra as crianças e adolescentes na nossa Rede.
Sendo assim, e considerando a data de posse e a programação já comunicada a outras instâncias, a data será mantida.

9 de jul. de 2013

Agressão, abuso sexual, descaso. Como estamos tratando nossas crianças?

Por: 
Equipe ANDI
Após percorrer várias cidades do País e investigar a situação da violência contra a criança, o repórter Marcelo Canellas afirma, em depoimento, que ficou impactado pela disparidade entre a teoria e a prática. “Após um ano de trabalho, o que ficou muito claro na nossa rotina de reportagem é o abismo enorme que existe entre aquilo que está na lei, entre o que aparece nas intenções do discurso oficial e a vida concreta das pessoas. Porque a lei fala em prioridade absoluta prá criança, e o que nós vimos em vários estados brasileiros foram conselhos tutelares absolutamente sucateados; a lei fala numa rede de proteção à criança formada pelo Estado brasileiro, pela sociedade e pela família e o que nós vimos muitas vezes foi um repertório inimaginável de crueldades contra crianças cometido quase sempre por pessoas muito próximas, por quem está dentro de casa e deveria proteger a criança”.
Confira na íntegra a reportagem especial sobre o retrato da violência e da omissão contra a criança no Brasil e assista ao depoimento de Marcelo Canellas, reconhecido pela ANDI – Comunicação e Direitos com o título de Jornalista Amigo da Criança: http://g1.globo.com/fantastico/quadros/sos-infancia/noticia/2013/06/quinze-criancas-sao-vitimas-de-violencia-cada-hora-no-brasil.html

FONTE:  http://blog.andi.org.br/agressao-abuso-sexual-descaso-como-estamos-tratando-nossas-criancas