23 de jul. de 2014

Fluxograma da denúncia de violência e pedofilia

No dia 11 de julho, reuniram-se na Casa do Educador os Agentes de Referência do EMFRENTE, tendo como uma das pautas do encontro de formação o fluxograma da denúncia de violência contra crianças e adolescentes.  A abordagem deste tema visou esclarecer aos educadores a respeito da rede de apoio à vítima de violência, especificando suas esferas e o trâmite a seguir em situações de suspeita de violência contra crianças.

Na ocasião também esteve palestrando a Secretária de Segurança do município, Sra. Andrea Irany Pacheco. A mesma, além de esclarecer dúvidas dos educadores da rede, debateu conceitos-chave sobre pedofilia à luz do filme “O Lenhador” (“The Woodsman”, 2004, Direção de Nicole Kassell, EUA).  A trama em questão trata da estória de Walter, um homem que se muda para uma pequena cidade após doze anos preso por ter molestado crianças, evidenciando os desdobramentos deste seu “novo” momento de vida.

A cada encontro da formação do EMFRENTE fica mais evidente a importância do trabalho em rede, bem como a necessidade de se ter a clareza dos integrantes da mesma.

18 de jul. de 2014

Ética e Segurança Digital - Cartilha Orientativa



Sociedade Digital tem como maior riqueza o conhecimento. Todo avanço tecnológico deve servir ao crescimento e desenvolvimento dos valores éticos que norteiam este momento de vida real-virtual.  Por isso, a educação  para o uso ético, seguro e legal das tecnologias e das informações é essencial. Formar “usuários digitalmente corretos” é a missão deste movimento pela “Família Mais Segura na Internet”. 

Com isso, foi desenvolvida a cartilha orientativa, é parte integrante do Movimento “Família Mais Segura na Internet”, projeto de iniciativa da I-Start Instituto Internet no Estado da Arte e Patricia Peck Pinheiro Treinamentos – e idealizado por Patricia Peck Pinheiro Advogados, cuja concretização se tornou possível através do patrocínio e apoio de diversas empresas.

A Cartilha possui duas partes: a primeira, voltada para alunos, com situações ilustrativas que demonstram o uso adequado e seguro das ferramentas tecnológicas; e a segunda, dirigida aos educadores e família, que traz um didático e explicativo sobre estas ferramentas de comunicação e interação social, auxiliando-lhes a orientar seus filhos e alunos nesta nova era digital.

Conhecimento gera responsabilidade! E, para conhecer mais, confira as recomendações e dicas para a família sobre o uso correto das novas tecnologias:  http://www.istart.org.br/wp-content/uploads/2014/01/Cartilha-Orientativa_Sem_Patrocinio.pdf

17 de jul. de 2014

“Sexting”, uma perigosa moda adolescente


Até alguns anos atrás, as cartas de amor eram os meios utilizados pelos jovens namorados para demonstrar o seu afeto. Com a evolução da tecnologia, as cartas foram substituídas pelo “sexting”, que hoje se converteu na nova forma dos jovens casais demonstrarem o seu “carinho”, sem levar em conta as consequências que isso pode ocasionar-lhes. Além disso, há uma outra parte da juventude que usa o sexting para se divertir ou também para criar popularidade e alcançar aceitação entre os grupos.

O que é o sexting?

O termo sexting nasceu da junção das palavras “sex” (sexo) e “texting” (envio de textos) para se referir ao envio de imagens deles mesmos ou de amigos com pouca roupa ou em posições eróticas através de celulares, computadores ou outros dispositivos eletrônicos.

Tudo surge quando os adolescentes decidem tirar fotos ou vídeos com as características descritas acima e as enviam inocentemente a um(a) jovem que querem conquistar, pois confiam que essa pessoa manterá em sigilo as imagens. No entanto, na maioria das vezes, as imagens são transmitidas de pessoa a pessoa até que se proliferam pela internet rapidamente, revelando ao mundo a intimidade de quem aparece na foto.

Segundo especialistas, as causas deste fenômeno vão desde a desatenção familiar até o maior acesso às tecnologias sem o controle ou a orientação dos pais, situação que coloca em risco a reputação dos jovens, que muitas vezes não possuem critério ou discernimento suficiente para perceber as consequências de se enviar imagens ou vídeos de sua intimidade.

O que fazer como pais?

Seguem algumas recomendações para orientar os filhos perante este modismo:

1) Formar a consciência deles sobre a importância de seu corpo e de sua integridade em geral. Mostrar-lhes as consequências desse tipo de prática.

2) Estimular a autoestima dos filhos, pois um(a) jovem com boa autoestima não permitirá que isso ocorra com ele(a).

3) Ensinar aos filhos a importância de não compartilhar ou reenviar esse tipo de mensagem, caso a recebam.

4) Criar um vínculo de confiança com os filhos, de forma que eles possam se comunicar abertamente com os pais, de modo que os pais sejam as primeiras pessoas contactadas no caso nos jovens precisarem de ajuda.

5) Orientar os filhos sobre o uso responsável da tecnologia e sobre os riscos associados a ela. Se for dar um celular a um menor de idade, deve ser explicado a ele a finalidade do uso, o que pode fazer e o que não pode.

6) Não simplesmente proibir o uso da tecnologia. A curiosidade, acompanhada pela restrição dos pais, leva a que os filhos busquem a informação que querem através de amigos e outras pessoas, isso de forma irresponsável.

7) Posicionar o computador em lugares visíveis dentro da casa, como na sala, em um ambiente onde os jovens possam ser supervisionados por adultos e não lhes seja permitido ter um local de intimidade perante o computador.

A melhor maneira de cuidar da integridade de nossos filhos é falar com eles sobre as consequências do uso inadequado da sexualidade, tanto a curto como médio prazo e do desvirtuamento do verdadeiro sentido do amor.

A sexualidade baseada no amor e no respeito deve fazer parte da tarefa educativa da adolescência, etapa da vida onde a afetividade precisa de boa orientação. A tarefa dos pais é promover uma sexualidade baseada na dignidade da pessoa, que não é nada mais do que o respeito do próprio corpo e do corpo do outro. A sexualidade vivida a partir da perspectiva da dignidade da pessoa é uma doação de intimidades que parte de uma entrega total como é o verdadeiro amor.

FONTE:  http://www.aleteia.org/pt/educacao/artigo/sexting-uma-perigosa-moda-adolescente-5230195669729280

16 de jul. de 2014

Pesquisa busca motivos que levam à pedofilia



Um estudo inédito uniu cinco centros de pesquisas na Alemanha na busca das causas da pedofilia. Apesar de o tema ser o foco de pesquisas internacionais na França, Canadá e na Escandinávia, são poucos os estudos que associam a pedofilia ao funcionamento do cérebro.
É nessa linha que trabalha o departamento de medicina sexual da Clinica Universitária de Schleswig-Holstein (UKSH), em Kiel, integrante do projeto alemão. Ele é o único dentre os cinco centros que conta com aparelho de ressonância magnética (IRM), capaz de produzir imagens transversais de partes do corpo. A técnica possibilita observar diretamente o cérebro dos pacientes.
"A ressonância magnética oferece condições ideais para o exame das atividades e a estrutura cerebral. Sem precisar abrir a cabeça, podemos dizer com precisão quais áreas do cérebro estão ativas e quais não estão. A resolução da imagem que podemos observar é de cerca de um milímetro", explica o psicoterapeuta Jorge Ponseti.
Coeficiente de inteligência abaixo da média
O uso da ressonância magnética aumentou o conhecimento sobre a pedofilia. Para a medicina sexual, existem características típicas que indicam um diagnóstico. "Os pedófilos têm uma série de abnormalidades neuropsicológicas", diz Ponseti. "Seu coeficiente de inteligência é cerca de oito pontos menor que a média".
"Outro ponto interessante é que a idade da vítima está relacionada com o QI do criminoso sexual", diz o pesquisador. Isso quer dizer que, quanto menor o nível intelectual do infrator, mais jovem é a criança. "Há também evidências de que os pedófilos têm a estatura mais baixa que a média da população. Pesquisadores canadenses também descobriram que pedófilos têm duas vezes mais lesões na cabeça durante a infância que a maioria das pessoas".
Doença ou orientação sexual?
O estudo dos pesquisadores em Kiel é feito em estrito anonimato. No hospital universitário, condições propícias foram criadas para a pesquisa, como uma linha telefônica e o contato direto via internet. "Isso foi muito importante porque nem todo pedófilo abusa de crianças, é o abuso que faz dele um criminoso", diz Ponseti. O pesquisador admite que essa distinção é muito difícil de explicar para pais que sofrem há muito tempo.
O que muitas pessoas não sabem é que, na medicina sexual, a pedofilia é classificada como uma desordem mental, ou seja, uma doença. No entanto, isso só se aplica caso essa descoberta cause danos para outros e para si mesmo. "De acordo com o novo sistema norte-americano de classificação de psiquiatria, um distúrbio pedófilo existe quando uma pessoa tem uma orientação sexual direcionada às crianças e a vivencia, ou sofre com o fato de ter essa orientação sexual", diz Jorge Ponseti. "Se o pedófilo tem uma tendência sem cometer um ato contra as crianças, podemos falar da pedofilia como orientação sexual".
Pedófilos comparados a pessoas saudáveis
Os resultados obtidos por Ponseti e seus colegas foram publicados pela Biology Letters da Royal Society britânica. Em seu último estudo, eles analisaram pedófilos e indivíduos saudáveis, que visualizaram imagens de pessoas de diferentes idades. O experimento mostrou que, nos pedófilos, a atividade cerebral na área responsável por reconhecer e processar faces era mais intensa quando esse grupo visualizava rostos de crianças. Já nos adultos saudáveis, a atividade nessa região aumentava quando enxergavam rostos do grupo de sua preferência sexual.
"Aparentemente, o cérebro humano tem um mecanismo que consegue avaliar a idade de uma pessoa por meio do rosto e que, consequentemente, ativa diferentes programas comportamentais", diz Ponseti. Entre os pedófilos, isso seria um padrão analógico somente sob diferentes sinais.
Centro de recompensa ativado
Há cerca de dois anos, os cientistas de Kiel fizeram testes semelhantes no centro de neurologia do hospital universitário. No local, eles também armazenam imagens de computador originadas durante pesquisas feitas com heterossexuais. As imagens mostram zonas do cérebro que ficaram mais vermelhas ou alaranjadas depois de um alto fornecimento de sangue ou teor de oxigênio.
Imagem do cérebro feita por ressonância magnética
"Pode-se ver nessas imagens o chamado centro de recompensa do cérebro", explica o pesquisador. "Na área do córtex visual, um pouco mais em baixo, a cor se intensifica quando um homem adulto heterossexual vê uma mulher de idade apropriada. Essa mesma área é ativada quando um homem pedófilo vê uma criança nua."
Para realizar esse teste, uma mistura de diversas imagens é mostrada aos participantes. Entre as fotos estão imagens de carros, casas ou cenas de férias, além de imagens que correspondem aos padrões de estímulo dos pedófilos. As imagens da ressonância magnética mostram apenas, inicialmente, blocos brancos e pretos. Os sexólogos recorrem a um complicado algoritmo para fazer a avaliação.
Pedófilo – sim ou não?
"Nós avaliamos a ativação de um único cérebro em relação à ativação média do grupo. Então, temos um número, uma espécie de 'medida' para a pedofilia", explica o pesquisador. "Na comparação com outras pessoas testadas, podemos identificar se a pessoa é ou não um pedófilo. Desde que começamos, há dois anos, acertamos em 95% dos casos", diz Ponseti, sem muito orgulho.
Além da atividade cerebral, os pesquisadores buscam identificar, com a ajuda de imagens, mudanças na estrutura do cérebro. Com a ajuda de um programa especial para tablet, eles avaliam a impulsividade e empatia. "Se fizermos um exame de sangue e tivermos acesso a análises genéticas e de neurotransmissores, talvez seja possível desvendar a pedofilia. Com o exame da ressonância, só podemos dizer quem é ou não é pedófilo – mas infelizmente, não podemos dizer o porquê", comenta Ponseti.
Mesmo que um diagnóstico objetivo da pedofilia seja possível, os cientistas ainda têm muito o que pesquisar. De acordo Posenti, um benefício prático no futuro poderia ser um plano de tratamento para a pedofilia.


15 de jul. de 2014

Vídeo sobre alerta contra pedofilia

O vídeo a seguir, produzido pelo UNICEF, faz um alerta aos pais a respeito da vulnerabilidade das crianças com relação aos pedófilos.  Se utilizando de um recurso "atrativo", ao mostrar alguém vestido de algodão doce, deixou claro para os que passavam por aquele local a forma como a aproximação de um pedófilo pode ser simples, principalmente pelos atrativos que estes utilizam.  E fica o alerta para o cuidado constante.


https://www.facebook.com/photo.php?v=557467894308415&set=vb.100001356290372&type=2&theater

Crianças podem demorar a compreender que são vítimas de abuso sexual



A ginecologista e médica legista do Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte, Maria Flávia Brandão, revela que há casos de vítimas de abuso sexual no ambiente familiar desde a infância que só se dão conta do crime na adolescência. “Como elas começam a ser abusadas desde os 2 ou 3 anos de idade, elas acabam achando que é natural ter relação sexual com o pai ou o padrasto, por exemplo. Quando ela toma consciência que aquilo é um erro, surge o trauma”.

Veja a matéria na íntegra no site :
http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/pedofilia/2012/05/18/noticias_internas_pedofilia,294920/criancas-podem-demorar-a-compreender-que-sao-vitimas-de-abuso-sexual.shtml

14 de jul. de 2014

Nem todo abusador é pedófilo; saiba a diferença

A pedofilia é descrita pela Organização Mundial de Saúde, na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), no item F65, que trata dos Transtornos da Preferência Sexual, como “preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade”. Todavia, nem toda pessoa que abusa sexualmente de uma criança ou adolescente é acometida por este transtorno.

“É perigoso tratar a pedofilia apenas como um desvio de comportamento. A sexualidade tem um caráter circunstancial. Um sujeito pode não ter a criança como objeto fixo de desejo, mas diante da oportunidade pode lhe despertar este desejo e cometer o abuso”, esclarece o psicólogo do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Hélio Cardoso Miranda.

Hélio explica que o pedófilo não é, necessariamente, um doente mental. “Este sujeito, comumente, sabe que o desejo dele é errado e até sente uma certa vergonha disso. Depende de outros fatores para determinar se ele pode ou não responder por este impulso”. O psicólogo destaca ainda que, na análise psicanalítica o desejo sexual sempre tem um caráter inconsciente. “O que o sujeito faz com esse desejo é consciente. Ao praticar o ato ele toma a decisão de fazê-lo”.

Guia de Segurança Online


A empresa AVG Tecnologies, uma das líderes de mercado em software de antivírus, está lançando uma cartilha com importantes conselhos para os pais ajudarem seus filhos a navegarem pela internet de maneira segura. E o melhor é que o material, chamado Guia de Segurança Online, está disponível de forma gratuita, em formato e-book (clique para baixar o conteúdo). Nos cinco capítulos são abordados temas como a entrada das crianças no mundo virtual, a privacidade dos bebês, crianças e jovens nas redes sociais e o papel dos pais na educação e no uso dos meios digitais.


Antes da produção do guia, foi necessário um extenso trabalho de pesquisa conduzido pelo engenheiro e embaixador de tecnologia da AVG, Tony Anscombe, que também é autor do livro One Parent to Another sobre o mesmo tema (De um pai para outro, em tradução livre, sem previsão de lançamento no Brasil). Para a pesquisa, mais de cinco mil pais do Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, República Tcheca, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Brasil responderam um questionário online que mostrou o comportamento de seus filhos na rede.


 Os dados apontaram para uma surpresa: 89% das crianças entre 6 e 9 anos são ativas na internet e, entre suas atividades preferidas, estão os jogos e a interação via redes sociais. Porém, a preocupação com a segurança não aumenta na mesma proporção e muitos pais (30%) não acham necessário um controle parental. "Eles levam suas vidas movimentadas e evitam o debate sobre segurança na internet até que haja um problema mais sério. É claro que medidas preventivas e educativas são muito mais eficientes para evitar apuros. É muito importante encontrar tempo para se envolver com o assunto", aponta Anscombe em entrevista à CRESCER.  
É justamente para difundir informação que a AVG apostou no lançamento da cartilha que aponta os erros mais comuns que as famílias costumam cometer em relação à internet e levanta uma série de orientações para tornar a vida online do seu filho mais protegida. Abaixo você confere alguns dos assuntos abordados no Guia da Segurança Online. 
Conteúdo inapropriado


O questionário da AVG Tecnologies mostra que o Facebook é a rede social preferida das crianças. Apesar de recomendar o acesso para maiores de 13 anos, quase 20% das crianças do mundo descumprem o aviso e fazem um perfil antes dos 9 anos. Se analisarmos apenas as crianças brasileiras na mesma faixa etária, a porcentagem sobe para impressionantes 54%!
A interpretação desse dado indica um problema grave, como aponta Anscombe: “Significa que o pai permitiu conscientemente que o filho mentisse a idade. Além disso, permite que ele se coloque em situações que são projetadas para serem usadas por crianças com mais maturidade”. Assim como os filmes, jogos e programas de TV são categorizados por idade para evitar que determinado conteúdo seja veiculado para um público inapropriado, as mídias sociais valem-se da mesma lógica, como explica a advogada especialista em Direito Digital, Luciana Reck Pinheiro: “Sabemos que o cyberbullying vem crescendo, assim como a pedofilia e até o conteúdo publicitário, que no Facebook é destinado para maiores de 13 anos”, disse a especialista.
Questão de equilíbrio
Por que você não acha assim tão estranho quando o seu filho pede para ter um perfil nas redes sociais? O fato de morarmos num dos países mais conectados do mundo é um dos fatores favoráveis. O último levantamento oficial do Facebook realizado em 2013 mostrou que quase 65 milhões de pessoas no país têm perfil na rede social, o que faz do Brasil o segundo no ranking com mais usuários, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Dentre esses milhões estão os pais, os tios, os avós e até os amigos da escola do seu filho. O que quer dizer que se você não quiser ser chamado de 'carrasco', precisa fazer concessões. “No mundo de hoje, o pai que proíbe o filho de usar a internet está, de alguma forma, restringindo o convívio social da criança. O desafio é encontrar um balanço entre o que é legal e o que pode trazer riscos”, acredita Luciana Ruffo, coordenadora do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC- SP. A fórmula para esse equilíbrio vai depender de cada família, mas a iniciativa dos pais de procurar por informação é um bom começo.
Direito à privacidade

Outro passo importante é o bom senso. De acordo com a pesquisa da AVG, 80% dos pais de crianças de até dois anos postaram, pelo menos uma vez, imagens dos seus filhos na internet. Para 24% dos pais brasileiros, a primeira foto saiu direto da maternidade. O maior motivo disso é “dividir os momentos com amigos e familiares”.

Tony Anscombe chama atenção para o fato de que esta ânsia dos pais está causando um fenômeno curioso: com as postagens sobre a gravidez e as imagens do ultrassom, muitas crianças enfrentam o nascimento digital antes do físico. E isso pode fazer uma diferença enorme lá na frente. Por isso, antes de colocar uma foto da criança na maternidade, tomando banho ou mesmo dividir um fato sobre a rotina dela, mesmo que você julgue inofensivo, pense que certos tipos de compartilhamento podem violar a privacidade das crianças no futuro ou colocar em risco suas identidades digitais. Imagina se seu filho quiser se manter anônimo no futuro? O que fazer com todas aquelas fotos na rede? Pense nisso!
O uso saudável da internet
Muitos especialistas em universo digital defendem que a internet é como a rua: há pessoas com intenções boas e ruins, há caminhos que levam para diversos lugares e há perigos aparentes e escondidos. Por isso, é tão importante que esse tema esteja sempre presente em conversas familiares. Afinal, é por meio das discussões, do debate e do compartilhamento de ideias que vem a conscientização.

Para Anscombe, ter um canal aberto entre filhos e pais incentiva a reflexão e ajuda a melhorar a relação. “A falta de diálogo pode deixar as crianças sem ter para onde levar suas preocupações, dúvidas ou pedir conselhos. Muitas vezes elas precisam de um ponto de vista mais maduro e é muito importante que seja o dos pais”.

9 de jul. de 2014

Prêmio Escola Exemplo -OAB/SC

A Comissão OAB Vai à Escola está recebendo inscrições para o Prêmio Escola Exemplo 2014, que reconhecerá as melhores práticas escolares na rede pública da Grande Florianópolis. Serão escolhidos três projetos, a serem anunciados em 21 de novembro, Dia Nacional do Compromisso com a Criança, o Adolescente e a Educação.
Segundo a presidente da comissão, Ana Paula Travisani, a ideia é reconhecer as atividades escolares que têm surtido efeito na solução dos principais problemas das instituições. “Reconhecer as práticas eficazes contra situações de violência e tráfico de drogas, que assolam as escolas hoje, servirá de exemplo a todos que enfrentam as mesmas questões”, diz.
As inscrições estão abertas até 31 de outubro. Os projetos deverão ser enviados (por e-mail ou Correios) ou entregues na Seccional seguindo os critérios do edital. A avaliação será feita pelos integrantes da Comissão, com participação da psicóloga Jaira Rodrigues, que acompanha as palestras realizadas nas escolas.
O Prêmio tem apoio das comissões da Criança e do Adolescente, Direito de Família, Direitos Humanos, Direito Constitucional, OAB Cidadã, Jovem Advogado e Acesso à Justiça.
Confira o edital do prêmio abaixo.
http://www.oab-sc.org.br/arquivos/file_53bb03635e8c8.pdf

FONTE:  http://www.oab-sc.org.br/noticias/premio-escola-exemplo-oabsc-esta-as-inscricoes-abertas-na-grande-florianopolis/10176

7 de jul. de 2014

LEMBRETE - Encontro Formação do EMFRENTE em 11/07/2014

Lembramos que nesta sexta-feira, dia 11 de Julho, teremos a formação do EMFRENTE, na Casa do Educador, iniciando às 08h30 para os que participam no período matutino e às 13h30 no período vespertino.
 
Neste encontro trabalharemos, no primeiro momento, o Fluxograma das Situações Suspeitas de Violência Contra Crianças e Adolescentes e, num segundo momento, retomaremos a fala da Secretária de Segurança Andréa Irani Pacheco, que já esteve conosco neste ano e dará continuidade ao conteúdo já iniciado.  Fica, ainda, a sugestão para assistirem ao filme sugerido pela palestrante, "O Lenhador" (sinopse abaixo), para que possamos discutir neste encontro, à luz do tema trabalhado.
 
Esperamos por você!
 
FILME:  O Lenhador (The Woodsman)
INFORMAÇÕES:  2004, Direção Nicole Kassell, EUA, Drama, Classificação 16 anos.
SINOPSE:  Após 12 anos na prisão por molestar garotas menores de idade, Walter (Kevin Bacon) se muda para uma pequena cidade. Ele vai viver num pequeno apartamento, que fica defronte de uma escola de ensino básico, que está cheia de crianças. Walter arruma emprego em uma madeireira e se mantém o mais reservado possível, mas isto não o impede de se envolver com Vicki (Kyra Sedgwick), uma extrovertida colega de trabalho que promete não fazer nenhum julgamento dele. Porém ele não pode escapar do seu passado e, quando os colegas de trabalho descobrem, se mostram quase nada compreensivos.

3 de jul. de 2014

5 literaturas sobre prevenção de violência sexual na infância



As bibliografias em questão foram produzidas especialmente para o público infantil, possuindo ilustrações que facilitam a aproximação e identificação das crianças com as estórias.  A abordagem lúdica e, em alguns dos livros, a linguagem metafórica, além de tornar o enredo menos “pesado”, também permite aos educadores, familiares, terapeutas soltarem a criatividade para trabalhar o assunto junto às crianças por meio de estratégias que podem incluir a teatralização (por meio de bonecos, fantoches, etc.), jogos e demais atividades.  

A temática referente ao corpo e à sexualidade é debatida na maior parte dessas literaturas, principalmente porque a abordagem destas questões junto às crianças desenvolve a habilidade e competência das mesmas para a identificação de situações características de abusos que possam ser cometidos contra si ou seus colegas.

Recomenda-se a leitura prévia dos materiais aqui recomendados antes de sua utilização direta pela criança, a fim de verificar a adequação da faixa etária e condições de compreensão dos mesmos por parta da(s) crianças(s) com quem se pretende trabalhar.  Ainda nesta ocasião, sugere-se a leitura mediada pelo adulto, permitindo o esclarecimento de dúvidas ou mesmo, facilitar a interpretação das imagens e metáforas, além da própria disponibilização para discutir o tema e sua relação com o cotidiano infantil.


O SEGREDO DA TARTANINA
(Alessandra R. S. Silva, Sheila M. P. Soma, Cristina F. Watarai e ilustrações de Saulo Nunes – Editora UDF - http://www.tartanina.org.br/ )
Este livro conta, através de personagens marinhos, o que aconteceu com Tartanina, uma pequena tartaruguinha, e qual era o segredo guardado por ela.  A estória mostra as artimanhas que o agressor utilizou para enganar a Tartanina e, também, outros amigos.  Em alguns momentos, específicos, disponibiliza espaços no livro para que a criança possa interagir com o livro, expressando seus próprios sentimentos.  Mesmo fazendo uma metáfora com personagens do fundo do mar, o livro aborda a maneira como o segredo das situações de abuso e violência se torna algo extremamente danoso para a vítima, podendo trazer à tona ansiedade, vergonha, sentimento de culpa, medo ou insegurança.

MEU CORPO É ESPECIAL
(Cynthia Geisen – Editora Paulus)
Este é um guia para que se possa conversar com as crianças sobre abuso sexual. A intenção deste livro não é assustar as crianças, mas ajudá-las a se sentirem seguras.  Saber diferenciar um toque adequado de um inadequado, e saber o que fazer quando o toque de alguém a incomodar será um bom começo rumo à conquista deste objetivo.  Como adultos, não podemos assegurar que as crianças vivam livres do perigo; mas nós podemos garantir que estaremos ao seu lado quando algo acontecer. As crianças precisam saber que existem adultos em sua vida com quem elas podem partilhar suas mais íntimas preocupações, e elas precisam confiar que suas inquietações serão levadas a sério.  Ler este livro e conversar com as crianças sobre este tema vai ajudá-las a perceber que há alguém.  A produção da Editora Paulus, com um viés cristão, aborda com cuidado e respeito o tema sob a perspectiva das crianças menores.  Pode servir de base para pais/responsáveis e educadores adequarem sua fala às crianças alertando a respeito dos cuidados consigo, com seu corpo e com abordagens indevidas.  As ilustrações são inspiradoras para conversas a respeito de suas interpretações, enfatizando o cuidado, segurança, conforto, desconforto, raiva, segredos, culpa e apoio.

PIPO E FIFI
(Caroline Arcari – Editora Cores - http://www.pipoefifi.org.br/home.html )
Este livro é uma ferramenta de proteção que explica às crianças a partir de 4 anos, com a ajuda dos monstrinhos Pipo e Fifi, conceitos básicos sobre o corpo, sentimentos, convivência e trocas afetivas.  De forma simples e descomplicada ensina a diferenciar toques de amor de toques abusivos, apontando caminhos para o diálogo, proteção e ajuda.  Lembrando que a educação sexual deve fazer parte do cotidiano do lar e da escola no processo de prevenção, a criança precisa construir alguns conceitos básicos de prevenção, que compreendem:  entender que tem controle e é dona do seu próprio corpo; compreender que tem o direito de recusar toques e carinhos; saber nomear todas as partes do corpo, incluindo partes íntimas; diferenciar toques adequados de toques inadequados, considerando as circunstâncias de necessidade de cuidados de saúde e higiene; identificar pessoas de confiança de sua convivência ou fora dela.
O site desta produção ainda conta com diversos materiais disponíveis para download, como livro de atividades, iconográfico, protetores de tela e desenho para colorir, além de jogos interativos on line.

SEGREDO SEGREDÍSSIMO
(Odívia Barros – Geração Editoria)
Recomendado para crianças a partir de 5 anos de idade, o livro fala sobre Adriana, uma menina triste que tem um segredo segredíssimo. A sorte dela é que sua amiga Alice é muito esperta e, ao saber do segredo, dá a Adriana um conselho conselhíssimo. Adriana segue o conselho e sua vida muda para melhor. Livro infantil polêmico e inovador, toca delicadamente – mas com firmeza – na questão do abuso infantil.  Se você acha difícil explicar para as crianças de onde vêm os bebês, imagine falar sobre abuso sexual para seu filho pequeno. A autora produziu este material a partir da necessidade de falar sobre abuso sexual para sua filha que, quando pequena, foi vítima de uma situação desse caráter.  Com o hábito de contar historinhas de ninar, Odívia percebeu a eficiência dos contos de fadas para ensinar e explicar os perigos do mundo usando linguagem lúdica e, assim, surgiu “Segredo Segredíssimo”.

ANTONIO
(Hugo Monteiro Ferreira – Editora Escrita Fina)
O que fazer quando as pessoas mais importantes da sua vida são ameaçadas? Calar-se para evitar o pior? Foi o que Antônio, de sete anos, fez coagido pela Mão. Mas, afinal, o que seria pior do que viver sob os caprichos, vontades, desejos e covardes intimidações de uma Mão amoral e sem pudores? Uma Mão que é gente — com nome, braço, rosto, corpo, idade. E existe muita gente má por aí! Este livro trata, com tato e apoiado na sutileza da metáfora, de um tema forte, porém delicado: o abuso sexual infantil. Passeando, inspirando-se e buscando lições em histórias infantis universais e clássicos da nossa literatura, e mesmo em narrativas contemporâneas  o autor traz à roda um tema ainda tabu, uma grave e injustificável violência que aflige crianças, adolescentes, famílias, lares, a sociedade enfim.
Na trama, Antônio adora brincar, correr, ler histórias em quadrinhos e sonha em ser mágico e saber voar, como permite a imaginação. Um garoto com tudo para ser plenamente saudável e feliz, não fosse pela Mão, maldosa e ameaçadora. Amedrontado, consumido pela tristeza e intimidado, Antônio vira outro menino: calado, antissocial, entediado, dispersivo.