28 de ago. de 2013

LEMBRETE - Encontro quinta-feira


LEMBRETE
Encontro do EMFRENTE
29/08, quinta-feira
08h30 e 14h00
Auditório da SME

OBS:  Contribuição para nosso lanche será bem-vinda!

23 de ago. de 2013

Importância da Identificação da Violência Sexual - Características do abusador


Obrigação Legal

ü  Artigo 13 - da Lei 8.069/90

 Os casos de suspeita ou confirmação de violência contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

Sinais de perigo no comportamento dos adultos

   A presença de um ou mais destes indicadores não significam, necessariamente, que exista violência sexual, porém configura-se em importante sinal de alerta.

ü  Trata a criança vítima diferente das demais

ü  Pede segredo

ü  Entra “acidentalmente” no quarto ou banheiro quando ela está despida

ü  Olha de forma estranha ou sexualizada

ü  Gosta de ficar sozinho com ela

ü  Como que por acaso, toca suas partes íntimas.

ü  Não respeita privacidade

ü  Diz que ela é especial, diferente, a única que o compreende.

ü  Trata como adulto enquanto ele age como criança

ü  “Acidentalmente” mostra o corpo nu

ü  Faz coisas que envolvem contato físico

ü  Dá-lhe privilégio especial, a fim de fazê-lo sentir-se obrigado

ü  Faz perguntas/acusações sobre sexo e paqueras

ü  Entra no quarto à noite

ü  Diz coisas de fundo sexual sobre seu corpo/vestuário

ü  Pede-lhe que faça coisas que envolvem contato físico

ü  Diz-lhe coisas particulares sobre sua mãe/esposa

ü  Não deixa que tenha amigos ou faça coisas que outros fazem

ü  Olha ou toca seu corpo, inspeciona-o, vê como ele está se desenvolvendo.

ü  Ensina educação sexual mostrando fotos pornográficas, tocando o corpo.

ü  Trata de forma degradante

Por que intervir ?

ü  Padrão abusivo é construído historicamente (ruptura do ciclo da violência)

ü  A família é espaço privado somente quando não estiver ameaçando a integridade psicofísica de seus membros

ü  Situações de violência não se alteram sem um trabalho significativo

ü  Para evitar as consequências da violência

ü  Interromper o ciclo da violência e propor novas formas de convivência

ATENÇÃO: 

Seus olhos devem estar atentos aos detalhes. É necessário que o profissional comunique imediatamente ao Conselho Tutelar, até a simples suspeita da ocorrência de maus-tratos. Dessa sua atitude pode resultar a salvaguarda da integridade física da possível vítima. É importante frisar que a não comprovação da suspeita não lhe acarretará responsabilização, ao passo que a não comunicação sim.

FONTE:  Trecho do material elaborado/utilizado pela Secretária Adjunta da Assistência Social Luciana Pereira da Silva, em palestra ao EMFRENTE.

 

 

 

 

 

 

20 de ago. de 2013

Como se Faz uma Colcha de Retalhos?


Como se faz uma colcha de retalhos?

Uma colcha de retalhos
Se faz de contribuição
Uma colcha de retalhos
Se faz de coparticipação
Uma colcha de retalhos, numa rede de apoio
Se faz de disponibilidade e doação
Recorta-se experiência e informação
Remenda-se com linhas de força e articulação
Arremata-se com determinação
Obtém-se uma trama de conhecimento e adesão
E vislumbra-se uma obra em que um retalho sozinho não faz verão

Mas que unidos, são arte, são saber, são poder de união
E, quiçá, poder de transformação.

(Ana Brasil de Oliveira)


Os Agentes de Referência integrantes do EMFRENTE tem registrado os encontros de uma forma criativa e diferente, neste ano.  A cada reunião, alguns participantes voluntariam-se para elaborar um registro em tecido, por meio de desenho, pintura, ou qualquer recurso que possa imprimir de forma diferenciada a de uma ata, o que vem se fazendo.

Nosso objetivo é buscar materializar em tecidos a trama da rede de apoio com que contam as crianças e adolescentes vítimas de violência que, na verdade, nada mais é do que uma colcha de retalhos.  Cada setor desta rede contém sua beleza, sua riqueza, seus valores e conhecimentos específicos.  Entretanto, somente ao trabalharmos de forma articulada conseguiremos otimizar as possibilidades de combate e enfrentamento destas violências.

Obrigada a cada participante do EMFRENTE que já presenteou o grupo com seu belo registro. Com certeza, servirão de inspiração para os que ainda estão por vir.


14 de ago. de 2013

EMFRENTE no Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina


Na noite de ontem a Coordenação do EMFRENTE esteve presente junto aos alunos da última fase do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina, no município de São José (SC).

O convite foi motivado pela importância de proporcionar aos alunos a reflexão sobre uma das possibilidades de intervenção do Psicólogo Educacional, em ações interdisciplinares que visam o manejo e enfrentamento das situações de violência contra criança e adolescentes que quando não acontecem nas próprias instituições de ensino, lá sem manifestam.  

Historicamente, a atuação do psicólogo no contexto escolar se associa com frequência ao diagnóstico e encaminhamento de alunos com dificuldades escolares, de comportamento, bem como à orientação aos pais e aos professores sobre como trabalhar com os mesmos; situação esta fruto de um modelo clínico terapêutico de formação e atuação dos psicólogos no Brasil.  Entretanto, "uma concepção mais ampla da Psicologia Escolar (...) vai se fortalecendo, não sem polêmicas, dúvidas e controvérsias, à medida que, dentro da própria Psicologia, vão se consolidando novos enfoques teóricos e epistemológicos. Referimo-nos àqueles que consideram o indivíduo como parte de sistemas relacionais constituídos cultural e historicamente e àqueles que reconhecem a complexidade constitutiva dos indivíduos e dos processos sociais humanos, assim como das práticas sociais das quais a educação constitui uma expressão." (MARTINEZ, 2010, p. 42).

Os quase quatro anos de atuação deste grupo de educadores da Rede Municipal de Ensino de São José tem evidenciado, cada vez mais, a importância do trabalho em rede, ultrapassando os muros escolares e com o qual a Psicologia Educacional tanto pode contribuir.  E se, foi a partir de um estágio de Psicologia que esta prática iniciou-se, não é aí que se encerra. Mas, na abertura à participação dos diversos atores dos cenários educacional, da saúde, assistência, segurança, enfim, de todos aqueles que, em algum grau, se implicam no enfrentamento das violências contra crianças e adolescentes.

REFERÊNCIA:
MARTINEZ, Albertina Mitjáns.  O que pode fazer o psicólogo na escola?  Em Aberto, Brasília, v. 23, n. 83, p. 39-56, mar. 2010.  Disponível em:  http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6292/1/ARTIGO_QuePodeFazer.pdf . Acesso em 14/08/2014.

11 de ago. de 2013

O nó do afeto - uma reflexão sobre a presença dos pais

Neste dia dos pais, nada mais pertinente do que tratar da importância da figura destes na formação da criança e promoção do desenvolvimento saudável e com segurança.  Com o dia-a-dia corrido, não só mães, como também os pais necessitam desenvolver estratégias para demarcar espaço em que se assegure a demonstração e troca de afeto com seus filhos, não importa a idade ou momento da vida. 
Que esta texto possa contribuir com esta reflexão e nos motivar a combater a violência por meio do afeto!
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O NÓ DO AFETO


Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-Ihes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível. Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.

Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana. Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá?lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante. E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho. Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como um beijo a um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.

É válido que nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja a comunicação, é preciso que os filhos "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras. É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebê que roubou o colo, o medo do escuro. A criança pode não entender o significado de muitas palavras, mas sabe registrar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afeto e carinho.

(Autor Desconhecido)

4 de ago. de 2013

Pipo e Fifi - Prevenção de Violência Sexual na Infância

Prezados colegas do EMFRENTE, educadores da Educação Infantil e pais de pequeninos, segue dica de um material muito interessante para atingir aos pequenos, com ilustrações lindas, linguagem clara e adequada à faixa etária e mensagem importantíssima!  No site há possibilidade de baixar o livro, desenhos referentes ao tema para colorir e até um jogo! 

Esta é uma publicação online da ong CORES, disponível para download gratuito e reprodução (sob autorização) também gratuita por órgãos de defesa dos direitos das crianças e adolescentes, promoção social, saúde e educação. Sua venda é proibida.
Centro de Orientação em Educação e Saúde é uma organização sem fins lucrativos que atua na prevenção primária da violência sexual infanto-juvenil por meio da Educação Sexual, capacitando educadores e profissionais de saúde, desenvolvendo projetos junto às instâncias de educação e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, produzindo materiais didáticos e de comunicação na área da Sexualidade Humana e realizando produção de conhecimento e pesquisas.
Por 2 anos consecutivos, o CORES recebeu o Prêmio Paulo Freire do Ministério da Saúde em parceria com a APTA, se destacando com os projetos Crescer e Maternidade / Paternidade, classificados entre os cinco melhores trabalhos de Educação Preventiva do Brasil. Em 2011, o trabalho Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes por Meio da Educação Sexual recebeu prêmio de Melhor Trabalho no Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de DST/AIDS. Em 2012, o site do CORES recebeu o selo Site Amigo da Criança.
A autora, Caroline Arcari é pedagoga, especialista em Arte-Educação, Educação Sexual e Sexualidade Humana.  Diretora da ESCOLA DE SER, um projeto social que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social da cidade de Rio Verde - GO, também é presidente do CORES.
Mais informações, aqui:  http://www.pipoefifi.org.br/home.html


2 de ago. de 2013

Pai agride filho de 16 anos por não aceitar que jovem é Gay!!

Um pecuarista de 46 anos foi indiciado pelos crimes de tortura e injúria por ter agredido o filho adolescente em Três Lagoas, a 338 km de Campo Grande. De acordo com a Polícia Civil, a família afirma que o pai não aceita a homossexualidade do garoto.“É uma violência absurda pautada pela homofobia”, resume o delegado responsável pelas investigações, Paulo Henrique Rosseto de Souza. O suspeito permaneceu calado durante o depoimento.
Conforme divulgado pela Polícia Civil, as agressões aconteceram na madrugada de segunda-feira (29). A mãe do adolescente contou aos policiais que o marido bateu no filho e tentou trancá-lo em um quarto sem energia elétrica porque não aceita a orientação sexual do garoto.

A mulher relatou à Polícia Civil que o pecuarista bateu no rosto do menino, o derrubou no chão, subiu em cima dele, continuou a agredi-lo com socos e tapas e dizia que ele tinha que apanhar porque era gay.
Diante da situação, irmãos do adolescente e a mãe o levaram para a casa da avó, onde foi novamente agredido pelo pai que chegou ao local em seguida. De acordo com as declarações da mulher à polícia, o pecuarista deu socos e pontapés no adolescente, bateu a cabeça dele no chão e dizia que o filho estava "endemoniado".

 http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2013/08/pai-agride-filho-de-16-em-ms-por-nao-aceitar-que-o-jovem-e-gay-diz-policia.html


"Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração..."

Epitáfio - Titãs



1 de ago. de 2013

O gibi Descolado- O ECA em Quadrinhos para Adolescentes

O gibi Descolado- O ECA em Quadrinhos traz, em linguagem direcionada a crianças e adolescentes, a história de um menino que vive situações em que seus direitos são, ora violados, ora garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA. Com a revista, busca-se estimular a discussão sobre direitos e deveres entre o público-alvo. 


No primeiro número do gibi, sobre proteção integral, a história se passa com dois meninos com vidas paralelas, a princípio, totalmente opostas, porque um deles sofre violação dos direitos, como trabalho infantil, e o outro tem os direitos respeitados. A história muda quando os dois garotos se encontram, e o texto na íntegra pode ser lido no link abaixo. 

Já o número 2 da revista em quadrinhos trata sobre o tema da educação, fazendo uma comparação entre a escola ideal e a escola "na real". A edição 3 aborda questões delicadas como idade penal, situação de risco e prestação de serviços à comunidade (PSC), mas tenta manter o tom bem-humorado das tiras. A edição 4 - a mais recente - trata do abuso e exploração sexual.

  • Você também pode baixar as versões em PDF do gibi Descolado - O ECA em Quadrinhos!