14 de ago. de 2013

EMFRENTE no Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina


Na noite de ontem a Coordenação do EMFRENTE esteve presente junto aos alunos da última fase do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina, no município de São José (SC).

O convite foi motivado pela importância de proporcionar aos alunos a reflexão sobre uma das possibilidades de intervenção do Psicólogo Educacional, em ações interdisciplinares que visam o manejo e enfrentamento das situações de violência contra criança e adolescentes que quando não acontecem nas próprias instituições de ensino, lá sem manifestam.  

Historicamente, a atuação do psicólogo no contexto escolar se associa com frequência ao diagnóstico e encaminhamento de alunos com dificuldades escolares, de comportamento, bem como à orientação aos pais e aos professores sobre como trabalhar com os mesmos; situação esta fruto de um modelo clínico terapêutico de formação e atuação dos psicólogos no Brasil.  Entretanto, "uma concepção mais ampla da Psicologia Escolar (...) vai se fortalecendo, não sem polêmicas, dúvidas e controvérsias, à medida que, dentro da própria Psicologia, vão se consolidando novos enfoques teóricos e epistemológicos. Referimo-nos àqueles que consideram o indivíduo como parte de sistemas relacionais constituídos cultural e historicamente e àqueles que reconhecem a complexidade constitutiva dos indivíduos e dos processos sociais humanos, assim como das práticas sociais das quais a educação constitui uma expressão." (MARTINEZ, 2010, p. 42).

Os quase quatro anos de atuação deste grupo de educadores da Rede Municipal de Ensino de São José tem evidenciado, cada vez mais, a importância do trabalho em rede, ultrapassando os muros escolares e com o qual a Psicologia Educacional tanto pode contribuir.  E se, foi a partir de um estágio de Psicologia que esta prática iniciou-se, não é aí que se encerra. Mas, na abertura à participação dos diversos atores dos cenários educacional, da saúde, assistência, segurança, enfim, de todos aqueles que, em algum grau, se implicam no enfrentamento das violências contra crianças e adolescentes.

REFERÊNCIA:
MARTINEZ, Albertina Mitjáns.  O que pode fazer o psicólogo na escola?  Em Aberto, Brasília, v. 23, n. 83, p. 39-56, mar. 2010.  Disponível em:  http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6292/1/ARTIGO_QuePodeFazer.pdf . Acesso em 14/08/2014.

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