30 de set. de 2013

Falta às aulas pode sinalizar violência ou mesmo negligência!

 
A articulação e fortalecimento da rede de apoio às crianças e adolescentes vítimas de violência tem sido pauta constante nos encontros do EMFRENTE. E, visando a concretização deste objetivo, o Conselho Tutelar de São José tem sido um grande parceiro deste grupo de educadores da Rede Municipal de Ensino.
Na última quinta-feira os Conselheiros Tutelares de Barreiros e da Sede debateram a questão das faltas dos alunos às aulas e da importância de ficarmos atentos a estas ausências. Alguns casos dos quais a Rede vem tomando conhecimento tiveram a falta às aulas como forma de “esconder” aos olhares alheios sinais de violência física contra a criança ou mesmo como caracterização de negligência.

Neste sentido os Conselheiros trabalharam junto aos Agentes de Referência do EMFRENTE a função do instrumento APOIA, específico para a notificação de infrequência escolar. Confira, a seguir, algumas informações a este respeito e amplie, você também, seu repertório de informações sobre o assunto.
 




 

 
 
 
 
 
Ainda, com o intuito de esclarecer a respeito do tema infrequência escolar os Conselheiros Tutelares compartilharam vídeos do Ministério Público de Santa Catarina que aborda, justamente, o funcionamento da rede de combate à evasão escolar. 
 
 
 
 
 

Violência é Agravo de Notificação Compulsória na Saúde


Um dos propósitos ao qual o EMFRENTE tem se debruçado desde o ano de 2010 é a articulação e fortalecimento da rede de apoio às crianças e adolescentes vítimas de violência.  Neste sentido, a parceria com a Secretaria de Saúde é um ponto fundamental. 
No encontro do mês de Setembro, que aconteceu na última quinta-feira, tal Secretaria, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica – DANT (Doenças e Agravos Não Transmissíveis), prestou grande colaboração aos Agentes de Referência ao esclarecer quea vigilância epidemiológica das DANT´s tem como principal objetivo a prevenção, o controle e o monitoramento dessas doenças e seus fatores de risco e a promoção geral da saúde (MS/2013).  E que por se tratar de um fenômeno sócio-histórico, a violência não é, em si, uma questão de Saúde Pública e nem um problema médico típico, mas que afeta fortemente a saúde. Sendo assim, é  agravo de notificação compulsória, todo caso suspeito ou confirmado de violência doméstica, sexual e/ou outras violências.

Confira, a seguir, algumas informações trabalhadas pelo setor junto aos educadores do EMFRENTE e amplie, você também, seu repertório de informações sobre o assunto.

 
 
 

 
 

 
 

24 de set. de 2013

Teatro contra a violência em CEI da Rede Municipal de São José


O conto "Jabulani e o Leão" motivou a encenação de uma peça teatral realizada pelas crianças do CEI Jardim Pinheiros, da Rede Municipal de Ensino de São José.

Com o intuito de trabalhar a promoção da paz e o combate à violência, a educadora Luciane Alves de Souza, agente de referência do EMFRENTE, organizou a ação que mobilizou diversos profissionais do CEI, como a educadora Laureci, quem sugeriu a adaptação do conto em forma de peça de teatro; as professoras de Educação Física, Raquel e Adriana, que ensaiaram o grupo; as educadoras Rafa, Juliana, Nádia e Inês, que se esmeraram na confecção do cenário; o apoio da Diretora Marivone Junckes Duarte, que além de proporcionar o debate do tema "violência" junto aos educadores do CEI, buscando formas sutis porém não menos incisivas de se debater esta questão, também providenciou com as responsáveis pelo lanche o suquinho e as pipocas!  E, claro, o público, representado por cada criança do CEI que prestigiou o evento!

Parabenizamos ao CEI Jardim Pinheiros, e a cada agente de referência do EMFRENTE que se dedica ao enfrentamento das violências contra crianças e adolescente nas respectivas unidades escolares em que atuam.

EMFRENTE em Mesa Redonda na Estácio de Sá


Na última terça-feira, dia 17 de Setembro, a Coordenação do EMFRENTE participou da Mesa Redonda de Abertura da Semana de Psicologia na Estácio de Sá, em São José, coordenada pela psicóloga e professora Edla Grisard, cujo tema foi "Rede de Proteção à Criança Vítima de Violência".
Na ocasião, a fala do EMFRENTE, representando a Secretaria Municipal de Educação de São José, tratou da atuação da Psicologia em âmbito educacional, além da identificação dos sinais de violência e da importância da denúncia por parte dos educadores.
Profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social de São José abordaram a legislação que trata sobre a denúncia e o fluxo que a mesma segue quando recebida pelo Conselho Tutelar e encaminhada aos serviços da Assistência, sobretudo o PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado as Famílias.
A Saúde, representada pelo Hospital Infantil Joana de Gusmão, enfatizou o protocolo de atendimento à vítima e o papel do psicólogo no atendimento à vítima de violência neste contexto.
Em suma, mais uma vez o EMFRENTE pode contribuir numa discussão em quem o maior objetivo é evidenciar o quanto se faz necessário uma atuação em Rede e que a Educação é parte fundamental no olhar atento às crianças e adolescentes e denúncia de suspeitas de violência. 

23 de set. de 2013

LEMBRETE - Encontro do EMFRENTE nesta semana!


Lembrando para que você possa se organizar e participar do nosso próximo encontro!

DATA:  26/09, quinta-feira
LOCAL:  Centro Educacional Ambiental Escola do Mar
HORÁRIOS: Período matutino -     início às 08h30
                       Período vespertino -  início às 14h00

Neste encontro teremos a participação da Secretaria Municipal de Saúde e ConselhosTutelares de São José, que farão suas apresentações em ambos os períodos.

Aqueles que quiserem levar sua colaboração para o nosso lanche, agradecemos!

Sua presença é especial para o bom funcionamento de nosso grupo e qualidade do nosso encontro.

20 de set. de 2013

Dia Estadual de Mobilização pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Infantojuvenil

O dia 24 de setembro foi instituído como Dia Estadual de Mobilização pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Infantojuvenil pelo Governo do Estado de Santa Catarina, através do Decreto Lei 3.644, no ano de 2001.
O número crescente de meninos e meninas vítimas de violência sexual no Estado levaram à implantação dessa Lei estadual pela defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, visando o fortalecimento das organizações governamentais, não-governamentais e da sociedade com um todo, no sentido de evitar que este panorama continue tomando proporções alarmantes. Todos os anos o Fórum Catarinense articula a partir de suas Coordenações Regionais e Municipais ações de mobilização da sociedade catarinense para o enfrentamento deste tipo de crime.
Um dos maiores instrumentos de proteção de crianças e de adolescentes contra a violência sexual ainda é a informação. Ao promover ações de debate e de conscientização acerca do tema, o Fórum pretende não só estimular a notificação aos órgãos de proteção da suspeita ou confirmação de situações de violação sexual, como também diminuir os riscos de novas violações.
Em 2013, o Fórum Catarinense está divulgando cartazes que informam e incentivam a denúncia. Veja nas imagens.


Onde denunciar:
 Disque-denúncia nacional: telefone 100
Coordenação: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Horário: Todos os dias da semana (inclusive feriados), das 8h às 22h
Em Santa Catarina:
Procure o Conselho Tutelar do Município ou telefone para 190
Horário: todos os dias da semana (inclusive feriados), ininterruptamente
Fórum Catarinense pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Infanto-Juvenil
Rua Correia Pinto, 376 – Centro Lages/SC       CEP: 88502-200
Tel. (49) 3223-0311 - E-mail: forumcatarinense01@yahoo.com.br
Em Florianópolis:
SOS Criança: telefone 0800 643 1407

17 de set. de 2013

EMFRENTE na formação dos Conselheiros Tutelares


No dia de ontem a Coordenação do EMFRENTE esteve com os Conselheiros Tutelares de São José, no auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social, atuando em sua formação continuada. Na ocasião se trabalhou a identificação das diversas formas de violência a partir dos indícios físicos, comportamentais e características apresentadas pela família.  Além disso, tratou-se a respeito das abordagens adequadas e também aquelas a serem evitadas em visita domiciliar.  A discussão de alguns casos permitiu a problematização dos conteúdos trabalhados à luz de situações cotidianas e facilitando a articulação de teoria e prática.

13 de set. de 2013

Crianças Desaparecidas


O EMFRENTE vem, hoje, orientar a respeito do desaparecimento de crianças e  adolescentes.  Com este fim, recomendamos que conheçam o Movimento Catarinense de Busca da Criança Desaparecida, criado em 30/06/2004 com objetivo de prevenção e divulgação de casos de desaparecimentos.  Este movimento em parceria com a Policia Civil de Santa Catarina, prioriza o desenvolvimento projetos e implementar ações que despertem na sociedade a solidariedade e proteção as crianças vítimas desta violência.


Recomendações às Escolas

- Atenção a suspeitos ao entorno. Observar o máximo possível suas atitudes e características (roupas, fisionomia, placa e modelo de veículo, etc). Em caso de suspeita grave comunique imediatamente a Polícia.
- Não permita sob qualquer alegação, que alguma criança seja conduzida na saída da escola por pessoas não autorizadas expressamente pelos pais.
- Não permita que alunos deixem as dependências da escola durante o horário de aula, nem mesmo que estranhos tenham acesso ás dependências da escola, sem prévia identificação e autorização.
- Observar e orientar os alunos para que não levem para a escola objetos e materiais que possam colocar em risco a integridade física deles mesmos  e de terceiros.
- Acompanhar os hábitos de leitura e os acessos à internet, principalmente junto aos sites de relacionamento. Identificada qualquer anomalia, DENUNCIE, se for o caso.

Recomendação aos Pais

- Oriente seu filho, desde pequeno, a não aceitar presentes, doces ou caronas de estranhos, sob qualquer argumentação, e mesmo de conhecidos ou parentes sem o seu prévio consentimento.
- Conheça sempre as pessoas (familiares, professores) que convivem com seu filho, participando sempre de suas atividades escolares, festivas e entre amigos.
- Desde pequena a criança deve conhecer seu nome completo, os dos pais, seu endereço, telefone, referências, etc.
- Não permita que seu filho brinque na rua sem supervisão efetiva de um adulto de sua confiança.
- Não deixe seu filho sozinho em casa, mesmo que seja só por alguns minutos.
- Ao mudar-se para um novo endereço, faça sua família ser conhecida da vizinhança e conheça também as pessoas que estão a sua volta.
- Providencie a Carteira de Identidade de seu filho, que pode ser emitida a partir do nascimento da criança.
- Faça exame para conhecer o tipo sanguíneo e o fator RH da criança.
- Observe mudanças no comportamento da criança e procure imediatamente identificar a causa.
- Quando transportar crianças em seu veículo, o faça com os equipamentos de segurança adequados e as cautelas necessárias.
- Não deixe crianças sozinhas no interior de veículos, mesmo que seja por alguns instantes.
- Faça com que seu filho se sinta seguro para confidenciar qualquer coisa a você. Seja sempre seu amigo, independente das circunstâncias.
- Acompanhar os hábitos de leitura e os acessos à internet, principalmente  junto aos sites de relacionamento. Identificada qualquer anomalia, DENUNCIE, se for o caso.              

Recomendações à Comunidade em Geral

- Observe novos vizinhos com hábitos estranhos em relação às crianças que com eles convivam (casa sempre trancada, falta de sociabilidade) e, caso haja alguma suspeita, não hesite em contatar com a Delegacia de Polícia mais próxima ou Conselho Tutelar de sua cidade.
- Não hesite em denunciar abusos de qualquer natureza contra crianças e adolescentes pelo telefone 181 (Disque Denúncia), em uma Delegacia de Polícia Civil ou Conselho Tutelar local. Sua identidade será preservada.  

ACESSE A CARTILHA DO JUCA SABIDO:


FONTE:  http://www.criancadesaparecida.org/

 

 


 

10 de set. de 2013

10 habilidades emocionais que as crianças precisam desenvolver...

A revista Crescer publicou uma matéria que aborda dez habilidades que as crianças precisam desenvolver, desde pequenas, para se tornarem adultos melhores, mais plenos. Confira, abaixo, estas habilidades, pois crescimento saudável não se faz só de não-violência, mas de muito carinho e estímulo.


Autoconfiança

Ressaltar as qualidades do seu filho e mostrar que você acredita na capacidade dele é a chave para que ele faça o mesmo. Na hora de repreendê-lo, por exemplo, foque no comportamento ruim em vez de rotulá-lo. “É preciso censurar o fato e não quem o praticou. Se eu digo a uma criança que ela é teimosa, ela vai acreditar nisso e se tornar mais teimosa”, explica Edimara de Lima, psicopedagoga e diretora da Prima Escola Montessori, em São Paulo. Reforce o que for positivo, mas não elogie sempre, só por elogiar, para não criar uma postura arrogante nem uma pessoa que não saberá lidar com críticas. No dia a dia, mostre que ele pode contar com seu apoio para realizar tarefas simples, como escovar os dentes, mas, ao mesmo tempo, dê autonomia para que ele aprenda a fazer sozinho e encontre a sua própria maneira.

Coragem

Ter medo de algo que não conhecemos ou não conseguimos entender é natural, e até esperado. Toda criança já teve medo do escuro ou do bicho papão. Para ajudar seu filho a encarar esses e muitos outros receios que vão surgir (do vestibular, de aprender a dirigir e até de conhecer a sogra), dê espaço para que ele expresse e entenda o que está sentindo. Uma boa dica é usar livros e filmes que falem sobre esses medos. O primeiro dia na escola pode parecer assustador, mas depois que ele enfrentar as primeiras horas e se acostumar com a classe vai perceber que está tudo bem, e que ele nem precisava ter ficado com tanto medo. “A coragem é essencial para que possamos aceitar desafios, ir atrás dos nossos objetivos, aprender coisas novas e defender os nossos valores”, afirma Steven Brion-Meisels, educador que há mais de 35 anos trabalha com o tema e é professor da Escola Superior de Educação de Harvard, da Lesley University (ambas nos EUA) e da Universidade de Los Andes (Bogotá, Colômbia).

Paciência

“Tá chegando?” Quantas vezes você já ouviu isso durante uma viagem longa? Aprender que não podemos controlar tudo e que é preciso saber esperar não é fácil nem para nós, adultos, imagine então para uma criança que está ansiosa, entediada ou ainda não entende totalmente a passagem do tempo. Mas as filas de banco e as salas de espera de consultórios médicos são apenas algumas das situações que vão exigir do seu filho paciência. Mostre para ele que cada coisa tem o seu tempo. Um jogo em família ou uma conversa na mesa de jantar são bons exemplos de situações cotidianas em que cada um precisa esperar a sua vez, seja para jogar ou para falar e ser ouvido.

Persistência

Quando estiver aprendendo a andar, seu filho vai se desequilibrar e cair, e por isso mesmo precisa do seu apoio e incentivo para perceber que um pouco de treino e muita persistência vão garantir seus primeiros passos. E esse é apenas um dos muitos desafios que ele vai enfrentar, então não caia na tentação de fazer tudo por ele. “O estímulo positivo é importante. Mostre que o fato de ele não ter sucesso naquele momento, naquela atividade específica, não quer dizer que ele nunca vai conseguir vencer o desafio”, diz Quézia Bombonatto, terapeuta familiar e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Só assim ele vai poder traçar metas e superar os obstáculos para alcançar seus objetivos sem desistir no meio do caminho.

Tolerância

Quando vai para a escola, seu filho entra em contato com dezenas de outras crianças com realidades e comportamentos diversos e muitas vezes totalmente diferentes de tudo que ele conhece. Aprender a aceitar essas diferenças é o começo do caminho para uma convivência tranquila e harmoniosa com o outro. “É importante criar oportunidades de interações mais cooperativas, como jogos coletivos, para que a criança comece a conhecer tanto as regras quanto as necessidades dos outros”, afirma o psicólogo Ricardo Franco de Lima, especializado em Neurologia Infantil. E os seus modelos também contam muito para o desenvolvimento da tolerância do seu filho. Ele só vai aprender a compreender o outro se vir os pais fazendo isso no dia a dia. Quer um exemplo? Sua atitude com os mais velhos é que vai ajudá-lo a ter paciência com os avós e com o irmão mais novo.

Autoconhecimento

Quem sou eu? Eu gosto disso ou prefiro aquilo? Essas indagações só vão passar pela cabeça do seu filho por volta dos 3 anos. É quando ele vai começar a se questionar, a se perceber e, claro, a expressar suas vontades, agora com motivos e razões mais consistentes. Aos poucos, ele vai se conhecer melhor e isso será fundamental para que ele pense e aja com mais segurança, respeitando o que sente. Também é o primeiro passo para se relacionar com as pessoas à sua volta. “A criança aprende primeiro a se relacionar com ela mesma, a entender o que sente, para depois transferir esse conhecimento para a relação com o outro”, diz a psicopedagoga Quézia Bombonatto. Incentive seu filho a perceber quais são suas preferências, pergunte, peça para ele explicar, conte as suas próprias histórias. Sempre ofereça opções e pergunte de qual ele gosta mais e o porquê.

Controle dos impulsos

Uma sala vazia, uma criança de quatro anos e um marshmallow. A proposta é simples: ela pode comer o doce ou esperar e ganhar mais um, ficando com dois. Esse teste foi criado por um pesquisador da Universidade de Stanford (EUA) há mais de 50 anos para analisar quais crianças eram capazes de controlar suas emoções para conseguir conter seus impulsos.

O estudo voltou a analisar as mesmas crianças anos depois, no ensino médio, e aquelas que resistiram à tentação de comer o primeiro marshmallow por cerca de 20 minutos tinham um desempenho escolar maior do que as que comeram. Isso porque elas sabiam adiar a satisfação para ter uma recompensa. “Querer não é errado, mas nem sempre é possível ter o que queremos, por isso é tão importante controlar o desejo e as reações frente aos impulsos”, diz o psicoterapeuta Iuri Capelatto. Em casa, terá dias que ele vai querer comer correndo para ganhar logo a sobremesa. Mas ensine que ele deve, primeiro, esperar todos acabarem o jantar.

Resistência às frustrações

“Dizer não é a maior prova de amor que um pai pode dar”, afirma a psicóloga Ceres de Araújo. É assim, com pequenas doses de frustração, que seu filho vai aprender a lidar com as adversidades e a superar os problemas sem se deixar abater. Isso é o que os especialistas chamam de resiliência, ou seja, a capacidade de sobreviver às dificuldades e usá-las como fonte de crescimento e aprendizado. Se ele não souber lidar com pequenos “nãos”, como “aí não pode”, “é hora de ir embora”, “esse brinquedo é caro demais”, terá mais dificuldade de aceitar e superar o não do chefe ou da namorada, por exemplo. E tentar poupá-lo só vai atrapalhar. “Os pais precisam parar de confundir felicidade com satisfação de desejos. As crianças precisam ter contato com pequenas impossibilidades para poder lidar com as maiores depois”, completa a psicopedagoga Edimara. Portanto, não se culpe por ter de dizer não a ele de vez em quando. Isso só fará bem para todos vocês!

Comunicação

Conversar sobre o que seu filho fez durante o dia é um estímulo para que ele aprenda a organizar as ideias e transformá-las em frases de uma forma que os outros possam compreender. Provavelmente a primeira resposta será “legal”, mas não desista! Fazer outras perguntas ou até falar sobre o seu dia também pode ajudar. Afinal, de nada vai adiantar ele ter boas ideias se não conseguir contá-las aos outros. “Outras atividades que favorecem a interação verbal também são importantes, como contar e recontar histórias, interpretar essas mesmas histórias e ler um livro junto com os filhos”, diz o psicólogo Ricardo Franco de Lima. Mas mesmo antes de aprender a falar, o bebê já se comunica por meio de gestos e precisa ser estimulado a verbalizar. Se ele apontar para um objeto, por exemplo, em vez de entregá-lo prontamente, pergunte o que ele quer, fale o nome do objeto e dê um tempo para ele tentar articular alguns sons. Depois que ele aprender a ler e escrever, procure ensiná-lo também que, além da linguagem do bate-papo com os amigos, será importante para a vida que ele saiba o português formal, por mais complicado que isso possa parecer.

Empatia

Até por volta dos 2 anos, a criança só consegue ver as coisas a partir da sua perspectiva. A partir dessa idade ela já consegue se colocar no lugar do outro e pode começar a exercitar plenamente a empatia. “Para que seu filho entenda o que outra pessoa está sentindo, ele precisa de ajuda para reconhecer, nomear e expressar suas próprias emoções, bem como as consequências das suas ações”, diz o psicólogo Ricardo de Franco Lima. Diante de um conflito, pergunte por que ele agiu assim, o que pensou e sentiu e incentive-o a imaginar o que o outro está sentindo também, levantando possibilidades, mas deixando que ele mesmo crie maneiras de resolver a briga.

Por Fernanda Carpegiani


6 de set. de 2013

Evento propõe diagnóstico sobre exploração sexual infantil em SC



Deputados membros da CPI da Exploração e Turismo Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara Federal promoveram audiência pública na Assembleia Legislativa, na tarde de 29 de Agosto, sobre o tema. Os deputados Serafim Venzon (PSDB) e Ana Paula Lima (PT), membros da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, participaram do encontro. Entre as deliberações estão a realização de um diagnóstico sobre os casos em Santa Catarina e a investigação de casos específicos, como as denúncias de abuso sexual contra o ex-deputado Nilson Nelson Machado, o Duduco.

Segundo a deputada Érika Kokay (PT-DF), que preside a CPI na Câmara, várias audiências públicas estão ocorrendo no país com o objeto de conhecer as estruturas estaduais de atendimento e apoio às vítimas, além do levantamento de informações com o apoio do governo e entidades da sociedade organizada. “Pelas informações já apuradas, podemos perceber que há uma naturalização em relação a crimes sexuais contra crianças e adolescentes, o que é muito grave. Já temos identificadas mais de 200 redes de exploração sexual no país”, destacou a parlamentar.

Segundo os membros da CPI, é preciso criar estruturas efetivas de investigação e proteção às vítimas de abuso. O sentimento de impunidade dos criminosos só faz aumentar o número de vítimas. “Não basta só aumentar as denúncias, como temos percebido nos últimos anos. É preciso punir”, defende Érika. Há relatos de casos registrados há mais de dois anos nos quais a vítima sequer recebeu atendimento.

A relatora da Comissão, deputada Lilian Sá (PR-RJ), afirma que há falta de atendimento e estrutura em todo o país. “A gente encontra sempre a mesma situação e precisamos saber o que os estados têm feito para combater a violência e o turismo sexual”, argumentou. A CPI na Câmara iniciou os trabalhos em fevereiro de 2012 e deve seguir até maio de 2014. O relatório será apresentado no dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Infantil.


Denúncias aumentam em SC
Os catarinenses Carmem Zanotto (PPS) e Ronaldo Benedet (PMDB) são membros da CPI e participaram da audiência pública no Parlamento. Segundo Carmem, as denúncias e informações no estado têm aumentado nos últimos anos. Porém, há muita impunidade. “Esta é uma violência íntima e oculta, que protege o agressor. Esta audiência pública de hoje representa a coragem de dizer que Santa Catarina também tem este problema e que vamos enfrentá-lo”, analisou.

Serafim Venzon, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, agradeceu, em nome dos colegas, a presença dos membros da CPI no Parlamento catarinense. Disse ainda que o trabalho será somado às ações realizadas pela Assembleia Legislativa. “Vamos efetivar o combate à exploração sexual infantil junto à comissão de Brasília. Queremos cada vez mais garantir o respeito e qualidade de vida às nossas crianças e adolescentes”, disse o deputado.


EMFRENTE no Jornal Hora da Mulher


Compartilhamos a publicação da matéria referente a um dos trabalhos realizados pela Secretaria Municipal de Educação de São José, o grupo EMFRENTE - Enfrentamento e Manejo das Violências Infantojuvenis na Rede Municipal de Ensino de São José/SC, que saiu no Jornal "Hora da Mulher".  Este informativo de circulação na região de Florianópolis, São José e Palhoça tomou conhecimento do trabalho que vem sendo sob Coordenação das psicólogas Ana Brasil e Edla Grisard e da pedagoga Kerle Machado  e realizou uma matéria sobre o EMFRENTE.  A Agente de Referência entrevistada, na ocasião, para colaborar com informações a respeito das ações do grupo foi nossa saudosa colega Flávia Leite, que faleceu dois dias após conversar com o Jornal.  A edição In Memorian retratou com cuidado e respeito as contribuições desta educadora e o propósito deste grupo, composto por todos nós. A matéria pode ser visualizada neste link:  http://pt.calameo.com/read/0024205232271a11bd205 .

Apresentamos o Editorial do Jornal (Agosto/Setembro 2013) e a matéria em questão, para que possam conhecer um pouco mais sobre nosso trabalho, que também pode ser conferido em sua página no FACEBOOK e em BLOG próprio:  www.emfrentepmsj.blogspot.com :

A SOLIDARIEDADE PRECISA VENCER A VIOLÊNCIA

A violência e abuso sexual contra crianças sempre existiu.  O advento da internet e das redes sociais apenas fez com que as feridas e cicatrizes ficassem à mostra.  A retirada do véu da violência, apesar do medo e da vergonha, traz à tona o que a s pessoas, no mundo inteiro, preferem não enxergar:  a maior parte dos abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes ocorre dentro de casa, no ambiente familiar.  Os relatos chocam porque vão contra o conceito que temos de família – um lugar onde a criança pode viver cercada de amor e em segurança.
Infelizmente, para muitas crianças, o que deveria se um lar se transforma em um local de tortura – física e psicológica.  Como querer viver no mundo lá fora se dentro de casa o avô, o tio, o pai ou mesmo o padrasto são capazes de humilhar, machucar e destruir todos os sonhos dessa criança?  O pior de tudo é que na família, na maioria das vezes, se nega a admitir que tamanha monstruosidade pode estar acontecendo dentro do núcleo familiar e finge que não vê.  É um círculo doentio e vicioso, onde os maiores prejudicados são as crianças e os adolescentes, que possivelmente se tornarão adultos com problemas iguais ou piores.
O Hora da Mulher conclama os professores e as professoras catarinenses – da rede pública e particular – para que busquem informação e capacitação.  Se perceberem em sala de aula alguma mudança comportamental, ou mesmo sinais de violência física, denunciem.  Isto pode salvar a vida de uma criança.  Entendemos que quando qualquer pessoa desconfia ou tem a certeza de que uma criança ou adolescente está sofrendo abuso ou violência sexual deve denunciar.  Se essa pessoa não fizer nada, estará sendo cúmplice do agressor.
Quando a omissão vem do educador, a responsabilidade é ainda maior.  Seria como se o professor ou a professora tapasse a boca da criança enquanto ela está sendo estuprada.  Uma sociedade digna precisa proteger a integridade física e mental de suas crianças e jovens.
A denúncia é anônima e os conselhos tutelares estão mais preparados.  Aliás, há uma rede de profissionais experientes e capacitados para combater a violência contra crianças e jovens.  Mas nessa rede, ainda faltam os educadores, os vizinhos, as amigas, os colegas de trabalho e de escola.  Falta você.  Pense nisso.  Perca o medo.  Denuncie!  As crianças e adolescentes agradecem.  Se você ajudar, elas terão um futuro melhor."



4 de set. de 2013

Governo recebe comissão para tratar do enfrentamento aos casos de violência e exploração sexual infantojuvenil

 O secretário da Casa Civil, Nelson Serpa, recebeu, em nome do governador Raimundo Colombo, a deputada federal Carmen Zanotto e representantes da Comissão Parlamentar de Inquérito de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que estão percorrendo todas as unidades da federação, para tratar sobre as ações de enfrentamento aos casos de violência e exploração sexual infantojuvenil.
Durante o encontro, que ocorreu nesta sexta-feira (30), os representantes da comissão solicitaram apoio do governo catarinense na elaboração de um plano de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, além de disponibilização de recursos para firmar parceira com as prefeituras municipais na capacitação dos conselheiros tutelares e organização e informatização de um banco de dados sobre o tema.
Atualmente, os casos de exploração e violência sexual infantojuvenil em Santa Catarina são atendidos nos 86 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), distribuídos em 82 municípios. Os Creas são monitorados pela Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST). O atendimento será reforçado em 2014 com a construção de mais 27 centros. Além disso, a prevenção e a inclusão social das famílias são feitas por meio dos 342 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), localizados em 270 cidades catarinenses. O número será ampliado com a construção de mais 79 centros até o ano que vem.
O secretário Nelson Serpa informou durante o encontro que, em conjunto ao secretário da SST, João José Cândido da Silva, o assunto será tratado com o governador Raimundo Colombo. “O Governo do Estado está sensível a esse importante debate”, ressaltou Serpa. A SST já trabalha em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos de Crianças e Adolescentes (Cedca) na elaboração do Plano Estadual Decenal dos Direitos de Crianças e Adolescentes, que incluirá ações de enfrentamento à violência sexual e exploração sexual infantojuvenil e tem previsão para ficar pronto até julho de 2014.

* Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST)

FONTE:  http://www.scc.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=19&Itemid=343&limitstart=0

3 de set. de 2013

Luize Zanette: Um olhar das Artes Visuais sobre as violências

Na última quinta-feira, dia 29/09, os integrantes do EMFRENTE se reuniram no auditório da Secretaria Municipal de Educação, onde tiveram a oportunidade de conhecer e apreciar o trabalho em Artes Visuais de Luize Zanette, que trata de um olhar sobre a sociedade e suas características:  “Meu trabalho está pautado na infância e suas memórias”. 
A obra apresentada aos Agentes de Referência é fruto das atividades realizadas em uma disciplina que trata da pintura no campo expandido (fora do suporte da tela e às vezes, até mesmo sem a utilização da tinta), onde teve a oportunidade de vivenciar um semestre trabalhando com a costura, e aplicação de tinta e outros materiais pertinentes à infância, queima em forno e posterior derretimento de Bonecas de plástico.  “O que notamos (eu e meu orientador) é que a forma como as bonecas ficavam, era muito interessante e trazia uma série de questões pertinentes não somente às plásticas, mas sobre o que se entende como infância.”

Dentre os referencias utilizados, Luize Zanette mencionou Sonia Kramer, que em seu texto Infância, cultura contemporânea e educação contra a barbárie,aponta vários problemas  e violências por que passam as crianças. Kramer diz que o cerne da violência, de toda a discriminação e eliminação está no fato de a humanidade não conseguir lidar com o principal problema que habita a origem dos crimes contra a vida: a dificuldade de aceitar e entender que somos plurais somos constituídos na diferença.
Outro referencial presente na obra de Luize Zanette é o trabalho de Janusz Korczak, um médico, humanista, educador e para minha sorte, escritor. Entre suas várias publicações redigiu, Quando eu voltar a ser criança, um relato de um diretor de escola que volta a seus tempos de infante e descreve um autentico texto do que é essa infância. Que nas brincadeiras existiam também muitas mágoas, pois eram carregadas de uma violência muito sutil que torna essa época tão difícil como qualquer outra, até mais pela dificuldade de se expressar pelo que se passa, o que se deseja e muito disso vindo dessa mania dos adultos de não levarem as crianças a sério. 
O contato com a produção de Luize despertou sentimentos diversos entre os participantes, oportunizando um debate rico entre a artista e os educadores e trazendo à tona questões referentes às diversas formas de violência que acometem crianças e adolescentes.
Luize Zanette afirmou que, embora seu trabalho seja “um olhar entre tantos outros”, pretende colocar esses holofotes sobre pequenas e grandes violências das quais são vitimas as crianças e que não podemos nos colocar distantes dessas realidade, uma vez que todos já fomos crianças, também. “O que percebo é que seguimos nossas vidas com cicatrizes desse passado. Cicatrizes essas que não contamos rindo como “causos” quando questionados. São as que ocultamos de nós mesmos, que muitas vezes nem percebemos que ali estão. E que nessa observância desse ponto que se trancou lá, há muito tempo, talvez possa ser iluminado esse presente e esse futuro para vivermos um pouco melhor e poder de alguma maneira transmitir isso às futuras gerações.”

2 de set. de 2013

Trinta maneiras de ensinar a crianças noções de consentimento

Crianças de 1 a 5 anos
1. Ensine a criança a pedir permissão antes de tocar ou abraçar um amigo. Use frases como "Sarah, vamos perguntar ao Joe se ele gostaria de um abraço de despedida." Se Joe disser "não" para o pedido, alegremente diga ao seu filho, "Tudo bem, Sarah! Vamos acenar um tchauzinho para Joe e jogar um beijo."

2. Ajude seu filho a criar empatia explicando como algo que eles fizeram pode ter machucado alguém. Use frases como "Eu sei que você queria aquele brinquedo, mas quando você bateu no Mikey o machucou e o fez se sentir muito triste. E nós não queremos que Mikey fique triste."


3. Ensine as crianças a ajudar os outros quando estão com problemas. Fale com elas sobre ajudar outras crianças e a avisar adultos confiáveis quando outros precisam de ajuda. Use o animal da família como exemplo: "Oh, parece que o rabo do gatinho está preso! Precisamos ajudá-lo!"
4. Ensine seus filhos que "não" e "pare" são palavras importantes e devem ser honradas. Também ensine-os que seus "não"s devem ser honrados. Explique que assim como devemos sempre parar de fazer algo quando alguém diz "não", nossos amigos também devem parar quando dizemos "não".

5. Encoraje a criança a ler expressões faciais e outros sinais corporais: assustado, feliz, triste, frustrado, com raiva e etc. Jogos de charada com expressões são um ótimo jeito de ensinar as crianças a ler linguagem corporal.


6. Nunca force a criança a abraçar, tocar ou beijar qualquer um, por nenhuma razão. Se a vovó está pedindo um beijo e seu filho está resistente, sugira alternativas dizendo coisas como "Você prefere dar um 'high-five' na vovó? Ou jogar-lhe um beijo, talvez?" Você pode mais tarde explicar para a vovó o que está fazendo e porque. 


7. Sirva de exemplo, pedindo permissão ao seu filho para ajudá-lo a lavar seu corpo. Encare com otimismo e sempre honre o desejo do seu filho de não ser tocado. "Posso lavar suas costas agora? E seus pés? Que tal seu bumbum?" Se a criança disser "não", então dê a ela a esponja e diga "Ok! Seu bumbum precisa de uma esfregada, faça isso".
8. Dê às crianças a oportunidade de dizer sim ou não em escolhas do dia-a-dia também. Deixe-as escolher suas roupas e ter opinião sobre o que usar, aonde brincar ou como pentear o cabelo. 

9. Permita a criança a falar sobre seus corpos do jeito que quiserem, sem vergonhas. Ensine-os as palavras corretas para as genitálias e se faça de lugar-seguro para eles falarem sobre corpos e sexo. Diga "Estou tão feliz que você me perguntou isso!". Se você não sabe como responder às suas perguntas do jeito certo, então apenas diga "Estou tão feliz que você está me perguntando sobre isso, mas eu terei que pesquisar. Podemos falar sobre isso depois do jantar?" e tenha certeza de cumprir sua palavra. 


10. Fale sobre instintos. Às vezes algumas coisas nos fazem sentir estranho, ou assustado, ou com nojo e nós não sabemos o porquê. Pergunte ao seu filho se isso já aconteceu com eles e ouça atentamente enquanto explicam.


11. "Use suas palavras". Não responda à birras. Peça ao seu filho para usar palavras, até as mais simples palavras, para explicar-lhe o que está acontecendo.
 
Crianças de 5 a 12 anos

1. Ensine às crianças que o jeito que seus corpos estão mudando é ótimo, mas às vezes pode ser confuso. O jeito que você fala sobre essas mudanças - tanto a perda de dentes como pelos pubianos - vai mostrar sua boa vontade para falar sobre outros assuntos sensíveis.


2. Encoraje-os a falar sobre o que os faz sentir bem e o que os faz sentir mal. Você gosta de sentir cócegas? Você gosta de se sentir tonto? O que mais? O que te faz sentir mal? Estar doente, talvez? Ou quando outras crianças te machucam? Deixe espaço para seu filho falar sobre qualquer coisa que vier à cabeça.
 
3. Lembre seu filho que tudo pelo que ele está passando é natural, crescer acontece com todos nós.
 
4. Ensine seus filhos a usar "palavras seguras" durante a brincadeira e os ajude a negociar o uso de tais palavras com os amigos. Nessa idade, dizer "não" pode ser parte da brincadeira, então eles precisam ter uma palavra que fará parar toda a atividade. Talvez uma bobinha, como "manteiga de amendoim" ou uma séria, como "eu tô falando sério!". O que funcionar para todos eles está bom.
 
5. Ensine as crianças a parar sua brincadeira vez ou outra para checar os amiguinhos. Ensine-os a fazer uma pausa às vezes, para ter certeza de que todo mundo está se sentindo bem.
 
6. Encoraje as crianças a observar a expressão facial alheia durante a brincadeira, para ter certeza de que todos estão felizes.
 
7. Ajude a criança a interpretar o que ele vê no playground e com amigos. Pergunte-o o que ele pode ou poderia fazer de diferente para ajudá-los. 
 
8. Não encha o saco das crianças pelos seus namoradinhos ou por ter paixonites. Tudo aquilo que eles sentirem é ok. Se a amizade deles com alguém parece ser uma paixonite, não mencione isso. Você pode fazer perguntas diretas, como "Como vai sua amizade com a Sarah?" e esteja preparada para falar - ou não - sobre isso. 
 
9. Ensine às crianças que seus comportamentos afetam os outros. Peça a eles para observarem como as pessoas respondem quando outra pessoa faz barulho ou bagunça e pergunte a eles qual eles acham que será o resultado disso. Alguma outra pessoa vai ter que limpar a sujeira? Alguém vai ficar assustado? Explique às crianças como as escolhas que eles fazem pode afetar os outros e fale sobre quando é hora de fazer barulho e quais são os espaços para se bagunçar. 
 
10. Ensine às crianças a procurar oportunidades para ajudar.
Eles podem levar o lixo? Eles podem ficar quietos para não interromper a leitura de alguém no ônibus? Eles podem oferecer ajuda para carregar algo ou segurar a porta para alguém passar? Tudo isso ensina as crianças que eles têm um papel em ajudar a aliviar as cargas tanto literais quanto metafóricas.
Adolescentes e jovens adultos
1. Educar sobre o "toque bom/toque ruim" continua crucial, principalmente no ensino médio. Essa é uma idade em que surgem várias "brincadeiras de toque": bater na bunda, garotos batendo um nos genitais dos outros e beliscando os mamilos um dos outros para causar dor. Quando as crianças falam sobre essas brincadeiras, surge uma tendência onde os garotos explicam que eles acham que as garotas gostam, mas as garotas dizem que não gostam. Temos que fazê-los falar sobre as maneiras que essas brincadeiras impactam as outras pessoas. 

2. Levante a autoestima dos adolescentes. No ensino médio, o bullying muda seu alvo para atingir especificamente a identidade, e a autoestima começa a despencar a partir dos treze anos. Aos dezessete anos, 78% das garotas dizem odiar seus próprios corpos. Lembre-os com frequência sobre seus talentos, suas habilidades, sua gentileza, assim como sua aparência. Mesmo se eles lhe responderem com um "Pai! Eu sei!" é sempre bom ouvir esse tipo de coisa.


3. Continue tendo as conversas sobre sexo com o adolescente, mas comece a incorporar informações sobre consentimento. Pergunte coisas como "Como você sabe se seu parceiro está pronto para te beijar?" e "Como você sabe que uma garota (ou garoto) está interessado em você?". Essa é uma ótima hora para explicar consentimento entusiasticamente, sobre pedir permissão para beijar ou tocar um parceiro. Explique que somente "sim" significa "sim". 


4. Corte a "conversa de vestiário" pela raiz.
A adolescência é a idade onde o papo sobre sexo começa em ambientes segregados por gênero, como vestiários ou festas do pijama. Suas paixonites e desejos são normais e saudáveis, mas precisamos mostrar como falar sobre nossas paixões como se elas fossem pessoas inteiras. Se você ouvir um adolescente falar "ela tem um bundão gostoso", você pode dizer "acho que ela é mais do que uma bunda!". 

5. É comum e perfeitamente normal se sentir oprimido ou confuso com os novos sentimentos hormonais. Diga às suas crianças que não importa o que sentirem, eles podem falar com você sobre isso. Mas seus sentimentos, desejos e necessidades não são responsabilidade de ninguém além deles mesmos. Eles ainda precisam praticar bondade e respeito por todos ao seu redor.
6. Ensine aos seus filhos sobre o que é masculinidade. Pergunte o que não havia de bom na cultura de masculinidade no passado, como podemos construir uma forma de masculinidade que abranja todos os tipos de garotos: esportistas, artistas, homossexuais. Essas conversas podem encorajar a construir uma forma não-violenta de masculinidade no futuro.

7. Deixe claro que não os quer bebendo ou usando drogas, mas que você sabe que adolescentes o fazem e quer que seus filhos estejam informados. Pergunte à eles sobre como vão manter a si mesmo e aos outros seguros. Tome cuidado com as palavras que usa para falar com seus filhos sobre "festança". 


8. Continue falando sobre sexo e consentimento com adolescentes enquanto eles começam a ter relacionamentos sérios. Sim, eles irão lhe dizer que sabem de tudo, mas a continuação da conversa sobre consentimento saudável, respeitar seus parceiros e sexualidade saudável vai mostrar à eles quão importantes esses temas são pra você.


9. Adolescentes têm sede de informação. Eles querem aprender, e eles irão achar um jeito de ter informações sobre sexo. Se você está disponibilizando essa informação amorosa, honesta e consistentemente, eles irão carregá-la para o mundo com eles.


Fonte: http://www.acidoergosum.com/2013/08/trinta-maneiras-de-ensinar-criancas.html . Disponível originalmente em http://goodmenproject.com/families/the-healthy-sex-talk-teaching-kids-consent-ages-1-21/
Desenhos: 'Children's Drawings from the collection of Jean Dubuffet' - Book, The Innocent Eye by Jonathan Fineberg