23 de dez. de 2014

Encerramento do EMFRENTE na mídia


O grupo de profissionais atuantes no EMFRENTE teve sua atividade de encerramento divulgada no jornal Notícias do Dia.  Nossa avaliação, realizada  na mesma ocasião, foi muito proveitosa e analisaremos com carinho cada sugestão!

20 de dez. de 2014

Passeio de barco marca o encerramento das atividades do projeto EMFRENTE em 2014

O programa busca discutir e articular ações para o enfrentamento da violência no ambiente escolar


O encontro para de final de ano da coordenação e agentes de referência do EMFRENTE (Enfrentamento e Manejo das Violências Infanto Juvenil de São José) teve um cenário especial. O grupo foi recebido no Centro Educacional Municipal Ambiental Escola do Mar, para uma saída de campo pela Baía Norte com o barco Escola do Mar. Após o passeio houve um momento de reflexão e avaliação das ações desenvolvidas em 2014.

O EMFRENTE integra o projeto Pense Educação, do Setor Pedagógico da Secretaria de Educação de São José, que tem como objetivo identificar, discutir e articular ações para o enfrentamento, a denúncia e o manejo das violências contra crianças e adolescentes no ambiente escolar. O grupo é composto pelos agentes de referência, que são os representantes das instituições de ensino.

Durante o ano letivo, foram realizados 10 encontros de formação. A coordenação do projeto também assessorou as instituições de ensino na orientação para alunos e responsáveis, acompanhando e monitorando as intervenções dos agentes de referência.


Os integrantes do EMFRENTE participam dos encontros mensais da Rede de Proteção à Pessoa em Situação de Violência e da organização e desenvolvimento da Campanha “Faça Bonito” em São José. Também estão envolvidos na organização e desenvolvimento do “Seminário de Articulação da Rede de Proteção às Pessoas em Situação de Violência”, além de prestar orientação e desenvolver atividades com as crianças que passaram pelo projeto “Fala São José”.

Outra ação foi a parceria firmada com a Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas, o Instituto Geral de Perícias (IGP) e com o Portal da Esperança. Um projeto piloto foi desenvolvido na rede municipal de ensino, com a Escola de Educação Básica Palmira Lima Mambrini e o Centro Educacional Municipal Morar Bem.

Os alunos orientados pelo diretor do Portal da Esperança, Gerson Rumayor, e pelo delegado da DDPD, Wanderley Redondo, receberam informações sobre a situação de pessoas desaparecidas em Santa Catarina. As crianças foram alertadas sobre cuidados básicos a observarem no seu dia a dia. Outra ação foi à confecção das carteiras de identidade para os alunos dos anos finais.

Fotos: SMECPE/PMSJ
FONTE:  http://www.pmsj.sc.gov.br/2014/12/passeio-de-barco-marca-o-encerramento-das-atividades-do-projeto-emfrente-em-2014/

10 de dez. de 2014

Encerramento do EMFRENTE de 2014

Aos Agentes de Referência do EMFRENTE
 
 
Lembramos a todos que nosso último encontro de 2014 acontecerá nesta sexta-feira, dia 12 de Dezembro, no CE Ambiental Escola do Mar.  Na ocasião, realizaremos avaliação e encerramento da formação e está prevista uma saída a campo, conforme as atividades já comumente realizadas pela instituição.   Para tanto, sugerimos aos colegas que levem protetor solar, roupa e calçado confortável. Ressalta-se que a programação da saída de campo está sujeita às condições climáticas, mas que independente destas, se dará a avaliação e encerramento das atividades.
Aos que participam no período matutino, o encontro iniciará às 08h30, enquanto que no período vespertino, às 13h30.  Reforçamos a importância da pontualidade, uma vez que as saídas ocorrerão no primeiro horário de cada período.
Este encontro finaliza a carga horária da formação, sendo contabilizada a sua frequência.
SOLICITAMOS A GENTILEZA DE CONFIRMAÇÃO DA PRESENÇA NESTA OCASIÃO, para melhor organização das atividades.  Cada saída comporta até 35 pessoas.
Aguardamos sua confirmação.
Att.
Coordenação do EMFRENTE

8 de dez. de 2014

Educando sem Rótulos


 
"Esse menino vive no mundo da lua."
"Essa menina não come nada."
"Ele têm o gênio do avô!"
"Na nossa família ninguém é muito bom em matemática."


Quantas vezes, sem pensar, você já disse frases como essas, diretamente ao seu filho ou conversando com alguém a respeito dele? E quantas delas o influenciaram de fato, colando-se a ele como uma segunda pele, que por momentos fica difícil de tirar? "A gente não se percebe sozinho, não constrói a nossa identidade sozinho. É no relacionamento e no embate com o outro que cada um vai formando uma ideia de si mesmo", diz a psicóloga Adriana Haasz de Moura Gaunszer, do Núcleo Criação, em São Paulo. Justamente por isso, é importante prestar muita atenção nas frases que falamos ou nos "carimbos" que - por vezes sem querer ou sem muita consciência -, vamos atribuindo ao outro.

"Quando a gente rotula uma criança, termina olhando para ela sob esse prisma. Isso, de alguma maneira, lhe rouba a possibilidade de ser diferente, de ser visto pelos outros de modo diferente", diz Adriana. Qual o pai que nunca se surpreendeu ao buscar o seu filho na casa de um colega, em outro ambiente e com outra família, e perceber ou ouvir que ele teve um comportamento totalmente oposto ao que costuma mostrar em casa? Talvez isso ocorra justamente porque, nesse outro lugar, com pessoas que ainda não fizeram um julgamento a seu respeito, ele tenha a possibilidade de experimentar outro comportamento.

"Saber quem você é também traz um conforto. Pode ser angustiante estar na dúvida ou perceber-se em transformação. Por isso, muitas vezes, aceitamos de bom grado os rótulos que vão nos dando", diz a terapeuta ocupacional Lara de Paula Eduardo. "Às vezes é mais fácil ser algo, mesmo que não muito agradável, do que não saber quem se é." Nesse sentido, as crianças, ao ouvirem coisas sobre si mesmas, vão reforçando aqueles comportamentos e cristalizando assim modos de agir que nem sempre lhes fazem bem. "A criança quer agradar. Se sua mãe, sua família esperam determinado comportamento, ela tende a corresponder à expectativa", diz a fonoaudióloga Luana Magalhães, que atende crianças e famílias junto com Adriana e Lara no Núcleo Criação, em São Paulo. Uma menina sempre vista como boazinha ou comportada, por exemplo, acaba não se permitindo expressar raiva ou se sente culpada quando esse sentimento aflora. Ou, ao contrário, uma criança que explode facilmente e os pais a rotulam como birrenta ou encrenqueira termina por sentir que é sempre inadequada. "Isso vai afetando a autoestima e a imagem de cada um", diz Luana.

Para os pais, familiares ou professores muitas vezes também é mais fácil rotular e agir segundo esse rótulo do que manter-se atento, aberto, tentando perceber o tempo todo como a criança se manifesta e por que. Educar alguém é mesmo muito desafiante. Quantas vezes, quando sentimos que finalmente pegamos o jeito de lidar com alguma questão, o filho ou aluno, tal qual videogame, simplesmente muda de fase e nos obriga a recomeçar todo o processo? Mas já pensou o quanto seria tedioso decretar que tudo é imóvel, fixo, não passível de influência?

Em 1990, o psicólogo Claude Steele, da Universidade de Standford, fez uma série de experiências e comprovou que é possível afetar a performance de uma pessoa em um teste, seja de capacidade física ou seja de intelectual, apenas dando a ela uma indicação psicológica sutil sobre a identidade do grupo a que essa pessoa pertence. Em outras palavras: é possível abalar a confiança de alguém apenas reforçando um rótulo ou um preconceito estabelecido.

Uma de suas pesquisas foi aplicada a um grupo de idosos que realizaria um teste de memória. Metade deles, antes de fazer o teste, recebeu para ler um artigo que tratava sobre a perda gradual da memória com a idade. A outra metade, apenas fez o teste. O primeiro grupo, influenciado pelo artigo, teve um aproveitamento de 44%, enquanto o segundo grupo pontuou em 58% das respostas. O mesmo aconteceu com meninas que iriam realizar uma prova de matemática. Metade delas ouviu antes de entrar para fazer o teste que "meninas vão pior em matemática". Isso de fato abalou a confiança delas a ponto de fazê-las pontuar menos que o grupo de controle. Steele chegou então à conclusão de que, quando alguém teme confirmar um rótulo ou um estereótipo sobre o grupo ou gênero a que pertence, a ansiedade gerada acaba afetando-o de fato, numa espécie de profecia auto-realizada.

A boa notícia é que essa armadilha, bem como o mal que trazem certos estereótipos e rótulos, também pode ser desarmada, na medida em que se diga e se mostre que tanto a inteligência quanto o caráter são maleáveis e que a nós todos, felizmente, é dada a possibilidade de mudar, avançar e melhorar.
Afinal de contas, ninguém é 100% bom ou ruim. E estabelecer rótulos, nos quais não cabem nuances, é condenar o outro a uma camisa de força sofrida de rasgar. O filósofo grego Heráclito resumiu com simplicidade a nossa complexa e mutante condição ao dizer que "ninguém se banha duas vezes no mesmo rio". Porque o rio não será o mesmo, a pessoa não será a mesma. E essa constante transformação ocorre justamente porque o ambiente, os outros e nossas próprias percepções nos desafiam, nos influenciam, nos fazem mudar e caminhar. Ainda bem!

Confira, a seguir, algumas dicas para manter o olhar e a percepção atentos, evitando o truque fácil de distribuir rótulos - e com eles sofrimento - ao seu redor.


Ninguém é igual o tempo todo, certo? Temos momentos de maior entusiasmo ou menor, de mais irritação ou raiva, de mais paciência. "Uma coisa é dizer a uma criança: ‘isso que você fez foi maldoso, deixou seu amigo chateado’, e lhe mostrar a consequência do seu ato. E outra muito diferente é, diante de uma atitude que você desaprova, disparar: ‘você é um menino mau!", aponta Lara. Fazer da pessoa e de uma eventual atitude uma coisa só é meio caminho andado na direção do rótulo. Claro que tomar esse cuidado é mais trabalhoso e exige percepção, mas diferenciar a pessoa de sua atitude vai mostrar à criança que há espaço para mudar, para entender o que fez e poder agir diferente uma outra vez.


Muitas vezes, quando a criança faz algo que desagrada aos pais ou tem determinada atitude, a família atribui a isso tanta importância que acaba ampliando o efeito de algo que seria passageiro. Seu filho não come o tanto que você considera adequado, está ansioso ou mais agressivo? Pergunte-se por que aquilo está afetando tanto você. Com essa resposta, talvez seja mais fácil, em vez de se apegar a esse comportamento, questioná-lo e apontá-lo o tempo inteiro para a criança, simplesmente reconhecê-lo, acolhê-lo e deixa-lo passar. Tenha em conta que, muitas vezes, as crianças estão apenas experimentando, algo que dura um tempo, mas são capazes de se mover desse lugar se aquilo não virar uma definição de si mesma.


Apontar uma característica ou uma forma de agir é diferente de rotular. Perceber a individualidade de alguém e valorizar esse traço é reconhecer a pessoa. O perigo está em fazer disso algo estático, transformando o que era único e pessoal em algo do qual a pessoa não consegue mais se desvencilhar. É preciso reconhecer e valorizar os pontos fortes de cada um, mas deixar aberta a possibilidade de mudança. E, sobretudo, é importante propiciar às crianças um espaço para experimentar, para poder ser diferente. Quando estampamos sobre elas um rótulo, essa mobilidade fica dificultada - e a mudança desejada, também.


"Qualquer característica, quando levada ao extremo, pode ser prejudicial. Uma coisa é ter liderança e outra, ser autoritário ou mandão", diz Lara. Vale brincar com esse conceito com as crianças, pensar, por exemplo, nos traços de cada um na família e no que acontece com essa condição quando ela se exacerba. A ideia por trás do jogo é perceber e questionar mais - e rotular menos. Também é importante fazer a criança notar quando ela consegue agir de outro modo, se comportar diferente. Afinal de contas, ninguém é apenas uma coisa ou sempre igual. E o rótulo promove justamente isso: toma a parte pelo todo, é uma simplificação.


Tente propiciar ao seu filho o convívio com crianças de grupos diferentes, de diferentes idades, de outras classes sociais, de outros gêneros. Só assim será possível mostrar que existem, sim, diferenças, mas que elas não nos impossibilitam de conviver, nem merecem ganhar nomes ou ser alvo de gozações. Em geral, as crianças menores lidam melhor com as diferenças, entendem que podem aprender com elas. Outro bom exercício é tentar encontrar denominadores comuns entre todos, apesar das diferenças: o que cada um sabe? O que pode ensinar? Promover trocas de saberes ou trocas de lugares ajuda as crianças a perceberem os mecanismos do reconhecimento e do rótulo.


Um estereótipo vai se fixando na medida em que ele é repetido e reforçado: "os negros são melhores atletas"; "meninas não curtem as áreas de exatas". É preciso desconstruir essas noções petrificadas. Uma forma de fazer isso é mostrar diferentes exemplos, questionar: por que meninas não podem brincar de construir? Quem falou? Por que meninos não podem colocar brinco? E que tal mostrar uma personalidade de destaque na área de física, como Marie Curie, por exemplo, e pedir às meninas que façam suas experiências? Ou por que não citar um excelente boxeador ou jogador de basquete branco e mostrar o bem que ele se move, o quanto é ágil? "Assim as crianças entendem que se pode mudar, experimentar, corrigir rotas", diz Lara.


É interessante contar ao seu filho que todos queremos pertencer, ter um grupo que nos contenha e ampare, que todos buscamos, de algum modo, aprovação. E, por isso, é normal fazer esforços para ser aceito ou entrar em determinada "panela". O que não é razoável é mentir, passar por cima de si mesmo ou se violentar de algum modo nesse caminho. Isso acaba por tornar todos tão homogêneos a ponto de perder a expressão da individualidade. E quando isso acontece, o esforço não vale a pena, trata-se de algo que está cerceando, censurando, que ultrapassou o limite do saudável.
 

5 de dez. de 2014



A escola possui um papel crucial do que diz respeito à garantia dos direitos das crianças e adolescentes, e em especial na proteção destes contra a violência. É preciso que a escola se torne um espaço onde as crianças e adolescentes possam encontrar pessoas capacitadas e preparadas para auxiliar na denúncia e no enfrentamento da violência. Para isso, seus profissionais precisam estar capacitados para lidar com os casos de violência e participar dos processos de notificação e acompanhamento.

O caderno a seguir enfoca os marcos institucionais – históricos, organizacionais, legais e conceituais – relativos ao tratamento oferecido pela sociedade brasileira a crianças e adolescentes infratoras, abandonadas ou violadas, apresenta um diagnóstico sobre as situações de violência e vulnerabilidade que acometem esse grupo social, e relata o Projeto Escola que Protege, instrumento de política pública educacional do Governo Federal para o enfrentamento dessa questão.

Acesse o caderno aqui:  http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/escola_protege/cad_escolaqprotege.pdf

FONTE:  http://www.radardaprimeirainfancia.org.br/violencia-contra-criancas-escola-como-espaco-de-protecao/

4 de dez. de 2014

Guia de Prevenção às Violências na Primeira Infância



As crianças estão entre os segmentos mais vulneráveis à violência. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 40 milhões de crianças menores de 15 anos sofrem abusos e negligência. Elas são vítimas de violência em todos os seus contextos de vida, em casa, na escola, nas ruas e espaços públicos e em instituições.

O guia a seguir fornece informações e sugestões de ações que permitam promover, apoiar e garantir o direito das crianças de proteção às violências. O material tem como público-alvo todas as pessoas interessadas e, especialmente, gestores públicos e pode ser acessado aqui:  http://issuu.com/rnpi/docs/20141107_kit_viol__ncia/1?e=7343219/10250335

FONTE:  http://www.radardaprimeirainfancia.org.br/guia-prevencao-e-protecao-violencias-na-primeira-infancia/

3 de dez. de 2014

EMFRENTE no Curso de Psicologia da UFSC

 Nesta segunda-feira, dia 01 de Dezembro, as coordenadoras do EMFRENTE estiveram junto aos alunos da 6ª. Fase do Curso de Psicologia da UFSC, na disciplina Psicologia e Processos Educacionais, ministrada pela professora Raquel de Barros Pinto Miguel . Na ocasião, a psicóloga Ana Brasil de Oliveira prestando informações sobre a atuação do psicólogo na Secretaria Municipal de Educação de São José e com a professora Eleide Eli Brito também explanou acerca do trabalho que vem sendo desenvolvido na prevenção e combate às violências contra crianças e adolescentes.  Os alunos foram orientados a respeito de como proceder em caso de denúncia de casos suspeitos de violência e receberam panfletos contendo informações sobre o tema.

1 de dez. de 2014

Prevenção ao Desaparecimento de Crianças


 
Na última sexta-feira, 28 de Novembro, a Diretora Cleusa de Macedo, educadores e alunos do EEB Palmira Lima Mambrini participaram de uma palestra com o Diretor do Portal da Esperança, Sr. Gerson Rumayor e com o Delegado da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, Sr. Wanderley Redondo.  Esta parceria entre o EMFRENTE (Secretaria Municipal de Educação de São José) e ambas as esferas prevê a atuação em ações preventivas contra desaparecimento e relacionadas à promoção de segurança, com orientações básicas aos pequenos.  De forma lúdica e objetiva, os alunos receberam informações sobre a situação de pessoas desaparecidas no Estado de Santa Catarina e foram orientados sobre cuidados básicos a observarem no seu dia a dia, dentre eles:
- Não dar informações a pessoas estranhas;

- Não aceitar caronas de estranhos e de pessoas conhecidas sem autorização e conhecimento dos pais/responsáveis;
- Avisar aos pais/responsáveis quando for se dirigir a algum local e mudanças no roteiro;

- Não andar sozinho e tarde na rua;
- Não aceitar presentes de pessoas estranhas.

A atenção a essas recomendações é fundamental para uma maior segurança de nossas crianças e adolescentes.