31 de out. de 2014

EMFRENTE é tema de TCC do curso de Pedagogia da UFSC




No último encontro de formação do EMFRENTE, tivemos a colaboração da pedagoga Dayse Maria Corrêa, que desenvolveu uma pesquisa junto ao grupo para elaboração de sua monografia para o curso de Pedagogia, na UFSC, no ano corrente, intitulada “EMFRENTE:  uma proposição de ‘enfrentamento’ à violência no contexto da Rede Municipal de Ensino de São José".  Seu trabalho analisou a criação, desenvolvimento e ações  do grupo, cuja proposta realizada junto à rede de ensino realiza a formação e proposições de atividades para as instituições de ensino, sobre o tema violência.  A pesquisa caracterizou-se como qualitativa de caráter descritivo e exploratória, com uso de análise de documentos orientadores da rede de ensino, realização de entrevista junto à profissional da coordenação e uso de questionário junto a professores participantes da formação.

Os educadores que contribuíram com a pesquisa destacaram a importância do grupo como um espaço de debates, reflexões, diálogos e ações contra a violência, além de contribuir com as reflexões para a prática docente.  A maior parte dos profissionais concorda que os temas abordados nos encontros de formação condizem com a necessidade de compreensão dos agentes de referência, tendo suas dúvidas sanadas.  Apontou-se, ainda, para a importância de mais estudos de caso e para a relevância da atuação de mais psicólogos, atuando junto às instituições de ensino, focando nessa perspectiva.

Percebeu-se que as avaliações sobre as ações do EMFRENTE são favoráveis no que toca à formação desses educadores, caracterizando-as como ousadas, ricas, positivas e que levam a escola a discutir, refletir e ajudar as crianças e adolescentes vítimas de violência.  Entretanto, a pesquisa apontou para o fato de muitos profissionais não terem uma participação mais efetiva no grupo em virtude de sentirem desconforto em tratar o tema “violência”, além de certa fragilidade em relação à constante  mudança dos agentes de referência nas instituições, dificultando a troca de informações e de novas ações. Esta rotatividade caracteriza-se como decorrente da participação de profissionais admitidos em caráter temporário e da desistência da participação do grupo pelos profissionais com vínculo efetivo.

Finalmente, sinalizou-se para a importância de outras pesquisas relacionadas ao grupo, tendo em vista que o EMFRENTE tem muito a oferecer como um espaço de pesquisa e como possibilidade de indicar que o tema do enfrentamento à violência carece de ampliação no âmbito da pesquisa acadêmica.

Como proteger a criança de abuso quando ela nem sabe o que é sexo


Para especialistas, crianças bem informadas são menos vulneráveis a essa violência

A violência sexual contra crianças e adolescentes correspondeu a 25,7% das notificações recebidas pelo Disque 100, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, em 2013. As principais vítimas estão na faixa entre cinco e 12 anos. Para os especialistas, as melhores armas contra essa violência são informação e dar à criança a segurança de que ela pode confiar nos pais em qualquer situação, mesmo as mais constrangedoras. Mas como alertar o filho para o perigo quando ele, muitas vezes, ainda nem sabe o que é sexo?

"Uma criança bem informada é menos vulnerável", afirma a psicóloga Ana Claudia Bortolozzi Maia, coordenadora do Lasex (Laboratório de Ensino e Pesquisa em Educação Sexual), da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Segundo ela, é preciso dizer ao filho que o toque por parte de uma criança mais velha ou de um adulto torna-se inadequado quando a pessoa pede "segredo" sobre o ato.

Para a criança entender, pode-se explicar que a babá pode tocá-la no banho ou que um médico, na presença de um responsável, pode tocá-la a fim de examiná-la. E esses profissionais não pedem segredo. Os pais podem contar também com a ajuda da literatura para o filho compreender a situação: "O Segredo Segredíssimo" (Geração Editorial) e "Pipo e Fifi", disponível no site www.pipoefifi.org.brprojeto.html, são bons exemplos de livros que ajudam a trabalhar o tema em casa.

Segundo o Instituto Cores - Centro de Orientação em Educação e Saúde, organização socioeducativa sem fins lucrativos, cerca de 87% dos abusos ocorrem dentro da família ou envolvem pessoas da convivência da criança. Um estudo, divulgado em maio deste ano, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), revelou que a violência é praticada, na maioria das vezes, por algum parente (33%) ou um amigo próximo da família (25%).

"O vínculo de dependência afetiva e o uso do poder entre abusador e abusado é o facilitador para que a violência aconteça. A vítima inclusive se sente culpada e fica constrangida de contar para alguém", afirma a psicóloga Patricia Oliveira de Souza.

Conversa de acordo com a idade

De acordo com a faixa etária da criança e seu amadurecimento, os pais têm de dar a ela informações sobre como lidar com o próprio corpo.

Com os menores, que ainda não sabem o que é sexo, é necessário demonstrar e explicar noções de privacidade, como ir ao banheiro de porta fechada ou não trocar de roupa na frente de outras pessoas.

É importante mencionar os nomes (técnico e o utilizado pela família) das partes íntimas, dizer que o corpo pertence à criança e que não deve ser tocado sem a sua permissão. Deixe claro que ela pode dizer não a adultos que tentem tocá-la, mesmo que seja uma pessoa querida. Com tato, os responsáveis devem explicar que um afago na cabeça é uma forma de carinho, mas nos genitais, não. E o contrário também vale, ou seja, os pais devem ensinar ao filho que ele não deve tocar nas partes íntimas dos outros, sejam do seu convívio ou não.

Para os maiores, por volta dos nove ou dez anos, é indicado contar que existe esse tipo de violência (sexual) e orientar para que reajam caso algum estranho tente forçá-los a acompanhá-lo. Ou que se soltem o mais rapidamente possível da pessoa e busquem ajuda de alguém de confiança.

É bom lembrar que existem abusos sem contato físico como estimular a nudez, mostrar uma revista ou filme pornográfico ou se despir intencionalmente na frente da criança. É preciso que os responsáveis também alertem para essas formas.

De olho nos sinais

A psicóloga Neusa Sauaia, fundadora do Núcleo Espiral - Pesquisa, Assistência e Prevenção da Violência contra Crianças e Adolescentes, afirma que uma criança que sofreu abuso sexual dá pistas sobre o ocorrido.

Segundo Neusa, na lista de possíveis sinais estão ansiedade elevada, problemas para dormir e se alimentar, aumento da agressividade, brincar com temas sexuais com bonecas e objetos e mostrar conhecimento sobre assuntos sexuais ainda não revelados pelos pais. Tornar-se apático, medroso, recusar a companhia de alguém ou ficar "grudado" em uma pessoa também podem ser indícios de que algo aconteceu.

O abuso também pode deixar rastros físicos, como assadura, coceira nos genitais ou nas nádegas. "Nenhuma criança vai chegar e dizer 'estou sendo abusada', mas ela dá sinais. Daí a importância do diálogo. Perguntar como foi o dia, o que fez, com quem brincou. É preciso dar atenção à criança para que ela saiba que pode confiar em um adulto para contar algo que a incomodou, e isso não vale só para abuso", declara a psicóloga Ana Cláudia Bortolozzi Maia, da Unesp.

8 de out. de 2014

Crianças e Adolescentes Desaparecidos - Por que eles somem?


Certamente, essa é a pergunta efetuada por quem desconhece as causas que provocam o desaparecimento de crianças. De acordo com estatísticas, a fuga é responsável por cerca de 66% dos casos. Alcoolismo e outras drogas, xingamentos exacerbados, abuso-sexual e espancamentos são, entre outros, motivos que provocam a fuga da criança e/ou adolescente do seio familiar. No entanto, a fuga tende a piorar a situação. Os problemas enfrentados em casa podem multiplicar-se na convivência com elementos desconhecidos.



Ao invés de fugir, é preciso procurar ajuda. Conselhos Tutelares, juizados da infância e juventude, orientadores pedagógicos, professores e diretores da rede escolar são algumas das alternativas de apoio que o jovem pode buscar.




Percentual aproximado de ocorrências:

*Fuga: 66%
* Subtração de incapaz: 8,50%
(seqüestro efetuado por pai ou mãe que perde a guarda do filho)
*Rapto por estranho: 7,30%
(acredita-se que ocorra o tráfico de crianças e/ou órgãos humanos)
*Perdidos:  16,50%
(negligência e imprudência dos responsáveis)
*Outros:  1,70%

*Números aproximados, conforme estatísticas do Programa SOS Crianças Desaparecidas - RJ


FONTE:  https://sites.google.com/site/shoppingportalvirtual/orientacao-e-dicas-de-prevencao


7 de out. de 2014

EMFRENTE engajado contra o desaparecimento de pessoas

Na próxima sexta-feira, dia 10 de Outubro, uma das palestras do encontro de formação do EMFRENTE se voltará a orientações básicas sobre prevenção e procedimentos mediante ao desaparecimento de pessoas.  Afinal, a cada ano são registrados 40 mil novos desaparecimentos nas delegacias do país. Alguns casos tem solução rápida, mas entre 10% e 15% permanecem sem respostas durante longos períodos ficando, em alguns casos, sem solução.

Para tratar deste tema, estarão conosco o Delegado Wanderley Redondo, da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, e o Presidente do Portal da Esperança, Gerson Rumayor.


A DDPD tem como meta a reintegração do ente querido ao convívio familiar, por meio de um trabalho em parceria com os órgãos de segurança pública, em todas as esferas, com instituições públicas e privadas, além de outros segmentos da sociedade.  Esta Delegacia funciona no mesmo prédio em que está na DPCAMI, em São José, na Rua Adhemar da Silva, 1135, Kobrasol, fone 3665-5595.

O Portal da Esperança tem por fim trabalhar com a educação, prevenção e orientação da criança e do adolescente, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, e tem como objetivos específicos:

-  Prevenção ao desaparecimento de crianças e adolescentes, bem como a procura por crianças e adolescentes desaparecidos.
-  Prevenção e educação contra o abuso e a exploração sexual infantil.
- Prevenção, orientação e educação contra a violência infantil.
- Defender e garantir os direitos previstos na Lei 8.069/1990 Estatuto da Criança e do Adolescente.
- Desenvolver suas atividades com base na Lei 8.069/1990.
- Participar dos conselhos municipais e estadual dos direitos da Criança e do Adolescente.
- Cooperar com entidades representativas de classe com objetivos afins.
- Promover reuniões de caráter cível e diversões de caráter cívico, social cultural e desportivo, dentro dos objetivos da entidade.
- Estimular a participação em atividades educativas para crianças e adolescentes.
- Propiciar relações amistosas entre as entidades de caráter social como grêmios, associações, conselhos e comunidade com objetivos voltados as crianças e adolescentes.
- Promover e participar de atividades de cunho essencialmente comunitário, com o objetivo de diminuir as desigualdades sociais entre crianças e adolescentes.


Dessa forma, pretendemos instrumentalizar os educadores da Rede Municipal de Ensino de São José com informações básicas referentes a esta temática, apresentando, também, a proposta de parceria com estas esferas, na atuação junto aos alunos por nós atendidos.

LINKS:
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