6 de set. de 2013

EMFRENTE no Jornal Hora da Mulher


Compartilhamos a publicação da matéria referente a um dos trabalhos realizados pela Secretaria Municipal de Educação de São José, o grupo EMFRENTE - Enfrentamento e Manejo das Violências Infantojuvenis na Rede Municipal de Ensino de São José/SC, que saiu no Jornal "Hora da Mulher".  Este informativo de circulação na região de Florianópolis, São José e Palhoça tomou conhecimento do trabalho que vem sendo sob Coordenação das psicólogas Ana Brasil e Edla Grisard e da pedagoga Kerle Machado  e realizou uma matéria sobre o EMFRENTE.  A Agente de Referência entrevistada, na ocasião, para colaborar com informações a respeito das ações do grupo foi nossa saudosa colega Flávia Leite, que faleceu dois dias após conversar com o Jornal.  A edição In Memorian retratou com cuidado e respeito as contribuições desta educadora e o propósito deste grupo, composto por todos nós. A matéria pode ser visualizada neste link:  http://pt.calameo.com/read/0024205232271a11bd205 .

Apresentamos o Editorial do Jornal (Agosto/Setembro 2013) e a matéria em questão, para que possam conhecer um pouco mais sobre nosso trabalho, que também pode ser conferido em sua página no FACEBOOK e em BLOG próprio:  www.emfrentepmsj.blogspot.com :

A SOLIDARIEDADE PRECISA VENCER A VIOLÊNCIA

A violência e abuso sexual contra crianças sempre existiu.  O advento da internet e das redes sociais apenas fez com que as feridas e cicatrizes ficassem à mostra.  A retirada do véu da violência, apesar do medo e da vergonha, traz à tona o que a s pessoas, no mundo inteiro, preferem não enxergar:  a maior parte dos abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes ocorre dentro de casa, no ambiente familiar.  Os relatos chocam porque vão contra o conceito que temos de família – um lugar onde a criança pode viver cercada de amor e em segurança.
Infelizmente, para muitas crianças, o que deveria se um lar se transforma em um local de tortura – física e psicológica.  Como querer viver no mundo lá fora se dentro de casa o avô, o tio, o pai ou mesmo o padrasto são capazes de humilhar, machucar e destruir todos os sonhos dessa criança?  O pior de tudo é que na família, na maioria das vezes, se nega a admitir que tamanha monstruosidade pode estar acontecendo dentro do núcleo familiar e finge que não vê.  É um círculo doentio e vicioso, onde os maiores prejudicados são as crianças e os adolescentes, que possivelmente se tornarão adultos com problemas iguais ou piores.
O Hora da Mulher conclama os professores e as professoras catarinenses – da rede pública e particular – para que busquem informação e capacitação.  Se perceberem em sala de aula alguma mudança comportamental, ou mesmo sinais de violência física, denunciem.  Isto pode salvar a vida de uma criança.  Entendemos que quando qualquer pessoa desconfia ou tem a certeza de que uma criança ou adolescente está sofrendo abuso ou violência sexual deve denunciar.  Se essa pessoa não fizer nada, estará sendo cúmplice do agressor.
Quando a omissão vem do educador, a responsabilidade é ainda maior.  Seria como se o professor ou a professora tapasse a boca da criança enquanto ela está sendo estuprada.  Uma sociedade digna precisa proteger a integridade física e mental de suas crianças e jovens.
A denúncia é anônima e os conselhos tutelares estão mais preparados.  Aliás, há uma rede de profissionais experientes e capacitados para combater a violência contra crianças e jovens.  Mas nessa rede, ainda faltam os educadores, os vizinhos, as amigas, os colegas de trabalho e de escola.  Falta você.  Pense nisso.  Perca o medo.  Denuncie!  As crianças e adolescentes agradecem.  Se você ajudar, elas terão um futuro melhor."



Um comentário:

  1. Meninas, nota 10 para vocês! Enquanto a educação tiver pessoas assim tão dedicadas, ela sobreviverá. Beijos.

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