14 de jul. de 2014

Nem todo abusador é pedófilo; saiba a diferença

A pedofilia é descrita pela Organização Mundial de Saúde, na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), no item F65, que trata dos Transtornos da Preferência Sexual, como “preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade”. Todavia, nem toda pessoa que abusa sexualmente de uma criança ou adolescente é acometida por este transtorno.

“É perigoso tratar a pedofilia apenas como um desvio de comportamento. A sexualidade tem um caráter circunstancial. Um sujeito pode não ter a criança como objeto fixo de desejo, mas diante da oportunidade pode lhe despertar este desejo e cometer o abuso”, esclarece o psicólogo do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Hélio Cardoso Miranda.

Hélio explica que o pedófilo não é, necessariamente, um doente mental. “Este sujeito, comumente, sabe que o desejo dele é errado e até sente uma certa vergonha disso. Depende de outros fatores para determinar se ele pode ou não responder por este impulso”. O psicólogo destaca ainda que, na análise psicanalítica o desejo sexual sempre tem um caráter inconsciente. “O que o sujeito faz com esse desejo é consciente. Ao praticar o ato ele toma a decisão de fazê-lo”.

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