Conversando na família –
como colocar limites sem
violências
Educar filhos não é nada fácil. Cada um tem uma personalidade. Além disso, cada filho vai reagir de um jeito
diante da forma que é tratado por seus familiares.
Mas, ensinar a criança e o adolescente a respeitar limites
não é fácil. Muitos pais não sabem como
fazer isso sem apelar para a agressão física, para gritos e xingamentos. Na verdade dessa forma não ensinam a
refletirem sobre o que podem ou não podem fazer. Eles apenas aprendem que certas coisas
irritam muito aos seus pais, mas não entendem que é a sua atitude que deve ser
pensada e quais as consequências de seus atos.
A primeira delas é falar
sempre em tom firme. Isso não
quer dizer que a pessoa deva gritar ou ser bruta. Falar de modo firme é explicar de maneira bem
clara e direta para a criança ou adolescente, os motivos daquela proibição ou ordem. Os filhos percebem se os pais estão em dúvida
ou inseguros no que falam.
Dar algumas opções
de escolha pode ajudar a
que aquele limite seja mais aceito pelos filhos. Ensina que eles podem encanar as coisa com
outros olhos, achando alternativas. Por
exemplo, se querem ir brincar na rua num dia de chuva, você pode dizer: “Olha, você não vai sair porque está chovendo
e você poderá ficar doente. Mas você
pode ver desenho ou um filme na TV ou brincar de desenhar. O que você prefere?”
Conversando com profissionais –
recebendo apoio e
orientação
Muitas famílias se sentem envergonhadas em falar sobre suas
dificuldades ou mesmo sobre a violência que pode estar acontecendo em suas
casas. Outras têm medo de falar sobre o
assunto. Algumas vezes acham que isso só
acontece na sua família - o que não é
verdade. No entanto, falar sobre essas
questões e procurar ajuda pode servir para proteger a saúde das crianças e dos
adolescentes e para a família superar certos problemas. É seu direito como cidadão
ser ouvido com atenção e respeito e é dever dos profissionais da educação
e da saúde prestar este atendimento.
O psicólogo ajuda a entender os relacionamentos familiares e as
consequências emocionais para crianças e adolescentes de algumas atitudes que
nós tomamos. Ele ajuda a compreender
melhor como que certa atitude de uma pessoa acaba influenciando o comportamento
dos outros membros da família.
A assistente social pode identificar formas de apoio
social e maneiras para que a criança, o adolescente e os familiares tenham
acesso a certos direitos, ajudando a que se estabeleça um ambiente mais
saudável.
O Conselho Tutelar também é um órgão encarregado pela
comunidade de proteger os direitos das crianças e dos adolescentes. A pessoa que irá te receber no Conselho
Tutelar estará lá para lhe atender e aconselhar sobre o que melhor precisa ser
feito para o bem estar deles.
Previnir e tratar os problemas que andam juntos com a
violência exige a união de diversas pessoas e lugares para aumentar as chances
de resolver os problemas. Você, pai e mãe, são as pessoas mais
importantes. É difícil e
doloroso tentar resolver sozinho:
família, escolas, serviços de saúde, Conselhos Tutelares, todos podem
contribuir. Cada um tem um papel importante e cada um deles ajuda a garantir a
saúde dos filhos e da família como um todo.
ü Conselho Tutelar de São José Barreiros: (48) 3244-7264
ü Conselho Tutelar de São José Sede (Centro Histórico): (48) 3259-8972
ü Disque 100 (denúncia
anônima suspeita de violência contra criança/ adolescente)
ü Secretaria Municipal de Educação de São José: (48) 3381-7400
Este material é uma reprodução de trechos do Livro das Famílias, a
partir dos capítulos “Conversando a gente se entende” e “E se você precisar de
ajuda?”.
FONTE: DESLANDES, Suely
Ferreira (org.). Livro das famílias: conversando
sobre a vida e sobre os filhos. Rio
de Janeiro: Ministério da
Saúde/Sociedade Brasileira de Pediatria, 2005.
Disponível em: http://www.sbp.com.br/pdfs/Livro_das_Famílias2012.pdf
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