5 de nov. de 2013

Como ajudar a criança/adolescente que comunica a violência?



Compartilhamos, aqui, a publicação “Como identificar, prevenir e combater a Violência Sexual contra crianças e adolescentes”, realizada pela Secretaria de Promoção Social do Município de Itapetininga (SP), no ano de 2007.  O material fruto do Projeto Criança Pede Proteção volta-se a educadores sociais, professores, profissionais da saúde e comunidade em geral e visa trabalhar informações básicas sobre a violência, além de formas de abordagem e encaminhamento.

De acordo com a cartilha, “a desinformação tem contribuído, muitas vezes, para aumentar o quadro de violências conta crianças e adolescentes”.  E, uma vez providos de um mínimo de informação, família, escola e comunidade podem ter um papel importante na observação de sinais de alerta da violência, percebendo indicadores físicos e/ou comportamentais e procedendo com a denúncia da suspeita. 

A publicação ainda menciona que “o complô do silêncio é muito freqüente.  As vítimas ficam sem denunciar, muitas vezes por achar que não serão acreditadas ou por medo, pois a prática da ameaça é comum por parte do abusador.  O baixo índice de denúncia por parte dos profissionais e comunidade em geral está quase sempre relacionado ao medo de se envolverem com o caso. Deve-se evitar essa atitude, pois a subnotificação promove a perpetuação do ciclo da violência, além de constituir uma grave omissão”.

Nós não sabemos quando iremos nos deparar com um caso de violência contra criança ou adolescente.  Entretanto, para podermos ajudar, é importante ter clareza de algumas recomendações:

- Acreditar e validar a história da vítima:  respeite o seu direito de ser ouvido, de ter sua palavra validada, sem exposições a constrangimentos. 
- Respeitar a confidencialidade o profissional que está a par deve, eticamente, zelar e respeitar as informações repassadas, evitando a socialização do caso.
- Não culpar a vítima:  a criança e o adolescente não “consentem” a violência; cabe ao adulto a tarefa de tratá-los com respeito e dignidade. 
- Respeitar o momento da vítima:  escute com muita atenção e respeito a criança ou adolescente e não peça, desnecessariamente, para repetir o que aconteceu.  A repetição causa sofrimento e possível revitimização.

A partir daí é importante buscar os devidos encaminhamentos e, para tanto, se faz necessário conhecer a “trilha da denúncia”. em se tratando de violência contra criança ou adolescente, há, fundamentalmente, duas formas de fazê-lo:  via Conselho Tutelar do seu município ou Disque 100.

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