23 de fev. de 2015

Carinho é tudo de bom para o cérebro dos pequenos


A neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmou recentemente que dados científicos comprovam ser o carinho dos pais na primeira infância o grande responsável por reações cerebrais que, muitas vezes, só se manifestam na vida adulta: “Receber ou não carinho modifica para sempre como o cérebro vai reagir diante do estresse e da frustração”, afirmou Suzana.

O cérebro não nasce pronto. O infantil é menor e mais leve do que o cérebro de um adulto. O período em que ele mais cresce e ganha peso vai até o terceiro ano de vida, quando acontece a maturação das conexões entre os neurônios, que aumenta o peso da massa encefálica.

Justamente nessa fase é que a criança tem uma capacidade enorme de aprender. Ela senta, engatinha, anda em um ano de vida. Começa a falar em seguida, a interagir, a nomear pessoas e objetos, a fazer conexões, a desenvolver habilidades… e tudo em um curto espaço de tempo.

A genética também influencia na formação do cérebro, mas a vivência da criança e os exemplos que ela tem em casa, na creche ou escola são fundamentais. A linguagem, por exemplo, está vinculada ao vocabulário da mãe, das conversas que ela tem com o pequeno.

Por causa desses vínculos tão especiais, fica mais fácil concluir que os estímulos dos pais durante a primeira infância são fundamentais ao desenvolvimento das habilidades do bebê.

O comportamento da criança também começa a ser moldado nessa etapa. Se de repente a mãe faz um grande drama sobre uma questão menor, um probleminha cotidiano, o cérebro da criança pode reagir de forma estressada diante de qualquer situação adversa. Imagine, então, as consequências no cérebro – e na vida – de uma criança que sofra violências físicas ou verbais nos primeiros anos de vida.

Mas, contra tudo isso está o carinho. O toque e o contato tornam a criança mais hábil e com sistema imunológico mais forte, graças a ocitocina, um hormônio altamente influente na formação cerebral, produzido durante a amamentação e liberado também no abraço, no beijo, na massagem.

A ocitocina faz com que o cérebro produza a capacidade de vínculo e o acalma nas situações estressantes.

O que os pais precisam saber é que carinho sempre será um aliado ao bom desenvolvimento infantil e humano, em qualquer fase da vida. Por isso, o importante é praticá-lo todos os dias!

FONTE:  http://desenvolvimento-infantil.blog.br/carinho-e-tudo-de-bom-para-o-cerebro-dos-pequenos/

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